terça-feira, novembro 27, 2007

Sócio-terapia individualista

Eu não sou individual, eu sou apenas a síntese do pensamento coletivo.
Eu não posso mais agir de forma individual, apenas assimilo o que o pensamento coletivo tem a dizer.
O pensamento coletivo não é dotado de individualidades, mas sim, de uma forma desconexa de idéias. Em sua maioria levam ao individualismo, estamos falando de individualismo coletivo?
-Sim. (ele responde)
Tudo funciona como um reflexo do mundo e dos que nele habitam.
Não me culpo, sou uma parabólica fincada no chão.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Penumbra

Sabe...É tarde, é o que me fez voltar.
Não pense que procurei outro motivo que não este.
Apenas voltei porque era tarde demais.
A única dúvida que deixo é de o quão tarde estamos falando.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Psique*

Obs: Aventuras nórdicas há de continuar.
Nesta semana, folheando a época que tinha como capa o Hugo Chávez e todo seu arsenal de terceiro mundo, me deparo com uma coluna com o título “Zona de confronto”, não me lembro do autor, me dei ao trabalho de ler.

O autor começa fazendo menção ao Dr. Lecter, o sociopata dos filmes “Hannibal”. Sempre achei interessantes as condutas do Dr. Lecter no filme, sempre calmo, gostava de músicas clássicas, e sabia realizar a lobotomia, e matava com extrema tranqüilidade.

Pois bem, ele sempre dizia nos seus filmes que nas horas de maior desespero do ser humano, seu subconsciente se dirige a uma área chamada Zona de Confronto, é lá onde fica o “The best of...”, ou seja, é uma parte do cérebro que armazena boas recordações, coisas que aconteceram na nossa infância e são usadas pela nossa mente para nos dar um pouco mais de serenidade nas horas mais críticas.

Achei essa artimanha da mente uma coisa sensacional, é uma espécie de defesa à agressão psicológica sofrida. Não são apenas lembranças da infância, são momentos de prazer puro, sem o senso de ridículo que o tempo nos coloca.

Depois disso tentei entrar na minha zona de confronto e ver o que estava por lá...Não consegui fazê-lo por completo, pois não estava sob nenhuma situação de desespero, então posso dizer que a experiência não foi completa. Mas pelo pouco que pude notar, o que me veio à mente foram lembranças de quando meu pai me levava para ver o trem passar (aquilo era simplesmente fantástico, como podia uma coisa daquele tamanho andar sobre trilhos?), biscoitos Passatempo, e um pouco da sensação de ansiedade que eu sempre tinha antes de pegar o boletim final (sempre que pegava o resultado, o dia estava chuvoso e eu fazia questão de tomar chuva e andar na enxurrada, pois eu sempre era aprovado), alguns desenhos de infância, super-heróis japoneses, a ansiedade para os dias de aniversário para ver os presentes (Me lembro ate hoje quando vi meu uniforme completo do Cruzeiro!) minha primeira revista de mulher pelada, playboy (da Andréia Sorvetão). A primeira sensação de gostar de alguém...

E vocês? O que reside na sua Zona de Confronto?

*Do grego psychein ("soprar"), é uma palavra ambígua que significava originalmente "alento" e posteriormente, "sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão "psique" era utilizada como um sinônimo de vida e por fim, como sinônimo de alma, considerada o princípio da vida. A psique seria então a "alma das sombras" por oposição à "alma do corpo".