quinta-feira, junho 19, 2008

Lacunoso

Não tenho vivido dias muito produtivos neste blog, às vezes sinto-me até envorgonhado de ficar colocando textos e frases que não são de minha autoria. Bom, pra meu conforto, ao menos faço menção acerca da autoria. É que meu quadro clínico não anda muito legal, sofrendo inúmeras e inconstantes variações abruptas de humor. Há de se clinicar...
Cerceado meu tempo com afazeres laborais, tenho tido pouco tempo para "atuar" por aqui e no universo virtual em geral; mas estou conseguindo nas horas mais vagas ler um livro interessante, que, por sinal, tem me feito refletir sobre muitas coisas, prestes a sofrer um parto cerebral de pensamentos!!!
Vai aí uma prévia do livro, que, aos poucos devo ir revelando. Pra quem já leu, vai saber muito bem do que eu estou falando...
Frases de dois dos personagens do livro:
"Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos feitos de ferro." - Sigmund Freud
"Existe duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra sê-lo." - Sigmund Freud

"Se dois indivíduos estão sempre de acordo em tudo, posso assegurar que um dos dois pensa por ambos." -Friedrich Nietzsche
"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." -Friedrich Nietzsche

"Os advogados de um criminoso só raras vezes são suficientemente artistas para aproveitar em favor do réu a terrível beleza do seu ato." -Friedrich Nietzsche

"Não há fatos, apenas interpretações." - Friedrich Nietzsche
Ps. É lamentável minha dificuldade para escrever o nome de Nietzsche...

quarta-feira, junho 18, 2008

Sob o luar...

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.


Fernando Pessoa 13 de Junho de 1888
* desculpe pelos cinco dias de atraso.

quinta-feira, junho 12, 2008

Na porra de fazenda!

Pra quem gosta da vida no campo, pense duas vezes antes de ler essa tradução de música...

DOWN ON THE FARM

Tudo de que preciso é de um pouco de inspiração
Antes que eu faça algum mal à alguém
Eu me sinto como um vegetal
Aqui dentro da fazenda
Ninguém vem me ver
Ninguém aqui me excita

Eu nem mesmo tenho um amor
Aqui na fazenda
Eles me dizem para ficar saudável
Eles me dizem para pegar sol
Mas o tédio me consome como um cancer
Aqui na fazenda

Bebendo limonada
Ninguém vai me fazer mal
Mas eu estou como um peixe fora da água
Aqui na fazenda

Eu escrevi mil cartas
Até meus dedos ficarem anestesiados
Mas eu nunca vi um carteiro
Aqui na fazenda

Eu chamo minha garota no telefone
Eu peço para ela vir para termos um pouco de diversão
Mas ela sabe qual é o jogo
Aqui na fazenda

Eu não posso me apaixonar por um campo de trigo
Não posso me apaixonar por um celeiro
Quando tudo cheira a bosta de cavalo
Aqui na fazenda

Céus azuis e piscinas
Dão um pouco mais de charme
Mas eu preferia voltar a Soho
Do que estar aqui na fazenda
Na porra de fazenda! On the fucking farm !

Você nasceu numa porra de celeiro ou o que? Baaaaaa! Tédio!


Afinal, seria interessante pra quem gosta de sexo com animais...

O amor é lindo!

Dia dos namorados, não é mesmo?
Quer coisa mais bonita e mais conveniente então do que falar sobre os namoros e sobre os casais? Pois bem, vou gastar algumas linhas neste assunto, apesar de muito pouco entender disso ao longo dos meus vinte e quatro anos do nascimento deste que vos escreve.
Passei, por obséquio, a observer alguns comportamentos típicos deste dia tão bonito e solene. Era gente correndo para todos os lados com buquês de flores, onde eu trabalho, juro que nunca havia visto tamanha quantidade de flores, salvo engano vi uma quantidade um pouco menor num velório, mas tudo bem.
Era gente passando com flores, recebendo flores, mas neste interim, uma amiga me falou sobre a proposta de um camaradinha namorado de uma amiga dela, e é este caso que vou relatar:
-Olá Carolina...Tudo bem?
-Olá Cláudio...Tudo certinho sim, e contigo?
-Pois é Carol...É que eu to precisando de um favorzão seu, vc sabe que eu to morando aqui no rio né...Daí fica complicado 'pra mim mandar' flores pra Priscila, quebra essa pra mim?
-Claro, meu anjo! Me diz do que você precisa!
-Tá bom, mas não é muito simples...
-Diz logo!
-Já que ela trabalha aí contigo, eu queria mandar uma rosa pra ela de meia em meia hora...Saca? Durante todo o dia!
-Hãnnn???
-É! Meia em meia hora, acho que ela vai gostar!
-Putz, mas o cara da entrega vai ter que ficar vindo aqui de meia em meia hora, é isso que você quer?
-Exato!
-Tá maluco ou tá ficando demente?
-Por quê?
-Ahhhhh nemmm....Custa fazer uma coisa normal? Tá bom, vamos fazer assim: Já que o dia tem 24 horas, teremos "48 trinta minutos" no dia, correto?!
-Sim!
-Então, junta as 48 e mande todas de uma vez... Mais prático, não?
-Pooo...Pensava que poderia contar com vc...
Eles se despedem e desligam o telefone, e nisso, Carolina diz para si mesma: Babaca! hehehe
Com essa história quase romântica, podemos notar que é esse o romantismo feminista de hoje. Não tiro a razão da garota, aliás, acho que o dito camaradinha que estava sem um mínimo senso de razoabilidade.
Mas que gostaria muito de ter visto a cara da garota tendo que olhar para o entregador de meia em meia hora, como eu gostaria...hehhehe
Ps: Gostaria de escrever mais sobre esse assunto, mas não vou prometer. Corro um sério risco de não cumprir, mas tentarei me esforçar para tanto!