domingo, março 29, 2009

Eu aprecio vossa atenção


Na verdade, quando comecei isso aqui, a idéia era apenas publicar alguns escritos dos quais eu me orgulhava.

Alguns pensamentos que eu, naquela época, precisava muito colocar para fora. Dar vida às palavras, que eram a priori, pensamentos somente. Meus.

De lá para cá, virei um escritor compulsivo, refém do meu próprio monstro.

De fato, nunca imaginei que pudesse durar tanto. Hoje me orgulho disso. E confesso ter planos maiores do que um blog, é verdade. Acho que tem muita gente que sente falta disso, que sente falta de "ouvir" e pensar o que está escrito aqui; ou mesmo se sente confortável. Vai saber...

Que seja. Obrigado a todos que fazem parte disso aqui, tanto como leitores quanto como fonte de inspiração. Vocês são a origem e o fim de tudo.

E que mais e mais anos se sigam em palavras, pensamentos, relatos e reminiscências.
Ps: Linda foto, não? O Rei chorou.

quinta-feira, março 26, 2009

Adendo

"Jurei mentiras e sigo sozinho."

"Sangue Latino", Secos & Molhados

Gosto dessa parte!


Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
O tango argentino me vai bem melhor que o blues*
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês

"À palo seco", Belchior.

*Eu prefiro o blues, mas essa letra é fóda, ouçam a versão do Oswaldo Montenegro.

segunda-feira, março 16, 2009

Caminhando em contradição


E partia sempre trilhando seu caminho da impessoalidade.
Partia com cautela, isso sempre foi uma coisa que fazia questão de ressaltar em todos os seus comportamentos.
Na verdade, em 98% deles.
Quanto ao restante, esses sim lhe trouxeram consequências que as chagas não lhe deixam esquecer.
Certo de que o caminho não precisa necessariamente levá-lo a algum lugar, continuava a caminhada.
Por pensar que caminhar talvez seja o próprio destino.
Obsolento e verdadeiro.
É o pensamento. Pode ser o caminho.
É possível encontrar algumas pessoas nele.
É comum, ora pois, cada um também percorre o seu caminho.
Dificilmente mudam as rotas.
Ressaltamos a individualidade dos deles.
Peculiaridades.
Cada qual segue o seu, outros se envolvem bastante em caminhos alheios, outros não se dão à esse "luxo".
Até aonde se permitir?
E você volta de onde começou.
Não à toa escolheu não ter chegada para sua partida.
Qualquer porto seguro poderia estragar os seus planos.
Que se desse a travessia, por fim.
Segue só.

Soluções práticas


Na vida é assim, meus caros, cada um faz o que pode.

Contra razões

Após mais de duas semanas sem postar, aproveito esta segunda feira, diga-se, atípica, para tentar escrever alguma coisa para movimentar esse blog. Ele precisa, eu preciso.
Fico com esse compromisso na cabeça. Não é que me faltem idéias, muito pelo contrário, isso eu sempre tenho. Nem mesmo me faltam questionamentos. Esses eu tenho, alguns são expostos, outros não. Por não dever e por não querer.
Não tenho desídia com meu blog. É uma das verdadeiras poucas coisas que eu gosto. E me sinto bem quando vejo que alguém lê, e depois comenta, no blog ou pessoalmente.
O grande motivo desse ínterim de ausência de posts se dá ao fato de que minha semana se apresenta num ritmo muito acelerado, ao ponto de não conseguir tempo para colocar por escrito minhas turbulências mentais. Elas já são confusas por natureza, e se forem colocadas, na essência crua, neste espaço ficaria muito ruim, ao menos para vocês.
Apesar dos pesares, tenho que colocar alguma coisa de qualidade por aqui.
E esse sou eu, mais um vez, sempre me justificando... E para quem?

Café & Cigarros


Pois bem, lembrei-me de algo que vi em mais um desses filmes que ando vendo. Tenho me tornado um verdadeiro cinéfilo, tomo gosto pelo filme mesmo quando ele não seja nenhum primor.Talvez isso esteja ligado à arte de tirar arte do que, aparentemente, não tem arte.Mas eu sempre consigo ver arte nos filmes, sempre tem algum fato que merece ser observado com atenção especial.

Deixa isso pra lá. Quero falar de outra coisa nesse post.

Quando nos deparamos em algumas situações advindas das relações do trabalho, chegamos a questionar nossa existência no campo profissional.É sempre assim, afinal, é um trabalho e assim deve ser tratado.

A palavra profissionalismo engloba algumas dolorosas variáveis. A tal da hierarquização é algo difícil de lidar.

Algo como sociabilidade, é difícil, não é pra mim.

Sei que em determinado momento, antes de enfrentar a tempestade de frente, estamos cheio de gás. Cheio de disposição.Mas ela vai se sucumbindo...E ao final, após tanto desgaste, tanta úlcera, tanta raiva, tanta doação, em troca de uma quantia cifrada ao final do mês para pagar suas contas e ter os seus momentos de lazer, apenas ratifico o que havia visto - voltando ao tema dos meus filmes - que, ao final de tudo, no trabalho, sua companhia mais fiel e agradável se resume ao café e aos cigarros...
"And fly fly away, from this dirty boulevard
I want to fly, from dirty boulevard "
-Lou Reed in Dirty Boulevard