quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Flores & Vinho


Olhava para aquele belo copo,
Algo deveria preenchê-lo.
Uma bebida quase doce...
Para os momentos bons, poucos na verdade.
Um drink forte!
Para os momentos de coragem e vingança.
Uma tequila talvez...
Para os momentos de maior loucura mesclada à empolgação.
Uma cerveja.
Para o casual, quase obrigatório, sim, básico.
Um chopp?!
Para marcar um encontro, agradável.
Uma dose.
Para cumprir uma promessa, ou para se enganar.
Ou apenas uma bebida qualquer...Não importa qual for!
Para amenizar uma dor,
Uma tristeza,
Uma saudade de si mesmo...
Um vazio.
Como aquele copo que você viu,
Tão cheio de tudo,
Mas, ao mesmo tempo, tão vazio de si mesmo.
Tão pessoal quanto aquela pessoa,
Quanto aquelas pessoas - pessoal/pessoa-.
Tão momentâneo quanto aquele momento, quanto aos vários momentos da sua vida.

Tão...

Vazio.
Ps: Antes de mais nada, devo atribuir os créditos da foto supra ao Bruno, que é de autoria do rapaz. Aliás, certamente ele tinha um belo acervo de fotos, em filmes, que, por um infortúnio foram perdidas na Bolívia...

Se der tempo ao tempo


"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções."


terça-feira, fevereiro 24, 2009

Esse é meu lixo


Caralho, me cago de rir desse bando de idiota pulando que nem cabrito no cio nessa merda de festa que eles chamam de carnaval (carna-anal-vial) na Sapucaí.

Na verdade, essa merda de espaço chamado “Sapucaí”, nada mais é do que um espacinho no subúrbio do rio – aliás, o que não é subúrbio no glorioso rio de janeiro - acho que na verdade só Copacabana não é subúrbio naquela cidade maravilhosa da balinha quase perdida, aliás, a bala sempre acha alguém.

Mas, o que eu quero mesmo retratar aqui é a parada relativa aos desfiles das escolinhas de samba. Me cago de rir de novo, morro de rir. O que tem de vagabunda defendendo a generosa “causa” natural em prol dos animais e contra as roupas e casacos feitos com pele de bicho. Cômico na verdade, quer dizer que o pêlo do tamanduá-pico-da-bandeira-da-vergonha não pode ser usado, mas os passarinhos e os bichinhos de penas podem totalmente perder as penas? Sim! Isso pode e ninguém fala nada.

E tem mais. Os “aquecimentos” e “ensaios” das escolinhas de samba são lindos! Entrada franca para todas as vagabundinhas da Globo. E, claro, para as gostosonas da moda: A mulher pêra, a mulher jabuticaba, a mulher manga, a mulher kiwi, e por aí vai, de acordo com o grau da vadiagem.

Ainda mais cômico é como os artistas da Globo adoram o carnaval. É bacana, né? Até as mocinhas boazinhas gostam de ralar o bumbum na câmera e fingir que gostam de sambar e fingir que sabem sambar. Claro, dá ibope. Dá para sair na Caras, dá para sair no site da Globo, dá para aparecer e no final das contas e das sambadas dá para dar para um grande diretor, quiçá para algum produtor, quem sabe sair na Playboy? Talvez algum jogador de futebol que, quando não pega uns travequinhos, se diverte com mocinhas...Ele paga a conta, mocinhas! Sim! Paga tudinho! Hummm...Intressante!

Mas no final das contas o mais legal é a festinha que sempre rola depois. Festinha legal! Muita putaria! Muita droguinha de gente rica! Muita gente importante! Muito empresário! Muito diretor! Muita putaria!

Enfim, vale a pena pagar uma de sambista, uma de que curte carnaval, uma de despojada! Afinal, esse é o nosso lixo!

Então gringos, venham! Venham! Essas são nossas garotinhas! Irão receber-lhes com o rabinho de fora no aeroporto do Galeão! Mas, lembrem-se, não podem tocá-las, apenas se vocês tiverem din-din, e muito din-din! Caso contrário serão enquadrados no estupro ou no atentado violento ao pudor, afinal, nossas mocinhas são santas e mocinhas de família, e vocês, meros desrespeitosos!

Maldita santa hipocrisia.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Considerações sobre o tempo em face a reles

Por alguns dias andei pensando muito sobre o tempo. Como as coisas que mesmo sem mudar acabam tomando uma perspectiva diferente diante dos nossos olhos e diante da nossa mente...Gastei horas pensando sobre algumas coisas, de certo são exemplos pequenos, mas que servem para ilustrar o que estou dizendo.
Quando era pequeno, sempre costumava a achar o mar uma imensidão, e que a sensação de pisar na areia da praia e sentir a água do mar era uma das coisas mais prazerosas da vida. Sempre no dia de ir embora do litoral me remetia um sentimento de tristeza em ter que deixar aquilo tudo lá...Hoje já não ocorre o mesmo, pude perceber que o mar é grande sim, mas nem tão grande quanto eu imaginava. Pisar na areia o dia todo não é nada legal. Ir embora é bom.
Quando era pequeno, em virtude da minha criação católica, sempre ia à igreja aos fins de semana, e sempre fixava meu olhar para o painel da frente da igreja, e por toda a sua extensão. Me parecia algo enorme, e cheio de pessoas, muitos bancos, um amplo espaço. Me sentia curioso em saber o que havia por detrás do altar. Que segredo esconderia? Por fim, ao voltar na mesma igreja, vi o quanto é pequena aquela igreja, e que não há nada de interessante que possa estar lá atrás a ponto d'eu me preocupar.
Quando era pequeno, ficava tempo imaginando como seria minha vida de adulto. Quais seriam os meus hábitos, onde eu iria, como eu seria fisicamente, e se eu seria feliz mesmo. Tinha um conceito muito cru de vida e de felicidade. Com o passar dos anos, parece que as coisas vão se destruindo, ou mesmo perdendo o sentido e a proporção que a gente achava que deveriam ter.
Enfim, é mais ou menos isso. Por óbvio que ficou bem superficial o texto, mas se tentar pegar a essência, dá para entender um pouco disso...Acabei chegando a conclusão de que as coisas nunca foram tão grandes como eu imaginava, mas eu sim, era muito pequeno.
Acho também que a gente nunca se adapta por completo. Nunca.
Ouvindo essa música por acidente, acabei descobrindo que ela muito diz sobre isso...
Não vou me adaptar - Nando Reis.
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia,
Eu não encho mais a casa de alegria.
Os anos se passaram enquanto eu dormia,
E quem eu queria bem me esquecia.
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar.
Eu não tenho mais a cara que eu tinha,
No espelho essa cara já não é minha.
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho,
A minha barba estava desse tamanho.
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar.