quarta-feira, setembro 24, 2008

100° Post

-Que dia é hoje, moço?

-Estamos no dia 24 de setembro, é o 267° dia do ano no calendário gregoriano...

-Obrigado!

-Não! Peraí, tem mais...

-Mais? Mas você já me respondeu...

-Espera! Esqueci de mencionar que é o 268° dia do ano, tratando-se de anos bissextos, por óbvio.

-Tá bom! Muito obrigado. Posso ir agora?

-Ainda não, não posso deixar você ir sem saber que faltam exatamente 98 dias para acabar o ano.

-Putz! Mais alguma coisa de “importante” para me dizer?

-Acho que não. Pode ir em paz.

-Até!

Nota importante do dia:

Aulo Vitélio Germânico (em latim Aulus Vitellius Germanicus) (24 de Setembro de 15 d.C. - 22 de Dezembro de 69) foi Imperador romano. Foi aclamado pelas legiões que comandava, estacionadas na Germânia, e venceu as tropas de Otão na batalha de Bedriaco. Reinou apenas oito meses, durante o ano dos quatro imperadores, mas ficou famoso por seu apetite e sua crueldade. Derrotado pelos exércitos de Vespasiano, foi capturado, despido, cruelmente executado e lançado ao Tibre.
Trágico fim...

P.s: Dia importante, aqui está registrada a centésima postagem do blog...Nem eu imaginava que iria gostar tanto disso aqui.

terça-feira, setembro 23, 2008

Ausência

Para "ilustrar" o post anterior. Poderia muito bem fazer parte dele, mas não foi assim que eu escolhi.
*Por muito tempo achei que ausência é falta.
E lastimava ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há nada na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
Que rio e danço e invento exclamações alegres,
Porque a ausência, essa ausência assimilada,
Ninguém mais rouba de mim.
*Carlos Drummond de Andrade

...Mesmo que for só...

Quem nunca serviu de ombro amigo para escutar reclamações do tipo:

-To me sentido bem só...

-No to bem, preciso logo arrumar alguém.

-Mas você se sente bem assim? Sozinho?

Pois bem, tudo isso está ligado à tradição de se ligar felicidade a estar acompanhado de alguém. Acho que nem mesmo chega a ser tradição, mas, digamos que o homem seja um ser só por excelência. Muitos não captam essa linha de pensamento.

A primeira perda ocorre no útero, quando somos desligados do cordão umbilical. Ressalto, é a primeira de muitas.

A solidão não pode somente ser ligada a fatores externos, a solidão persiste mesmo quando se está acompanhado de pessoas. Foram os malditos capitalistas que instituíram essa idéia de que o indivíduo necessita mostrar que está feliz, que está de bem com a vida e que vive rodeado de pessoas; tudo isso sem a menor afetividade.

Seguindo as orientações capitalistas acima expostas, chegaremos á idéia completa de vazio.

Vamos aceitar que o ser humano é um ser que vive buscando não estar só, mas isso não é possível. Não há completude.

“Quando sentimos falta de nós mesmos, achamos que outro irá preencher esse vazio e o responsabilizamos por isso. No entanto, só podemos estar com os outros quando não estivermos mais sentindo só.”

A grande verdade é que nós somos nossos carrascos, mantemos severidade e crítica perante nós mesmos, acabamos cumprindo um ideal que é o de agradar os outros e, desta forma, nos matamos. Deixamos de existir em nossa plenitude.

Por isso eu sempre pensei que a solidão foi feita para ser vivida, sentida e aproveitada. Não devemos passar a vida toda tentando dela nos desfazermos. Resultaria na busca impossível.

“O homem é um ser irremediavelmente desamparado e vivencia pela primeira vez essa ruptura no momento do nascimento. Mas as formas de lidar com a solidão são individuais e subjetivas”

domingo, setembro 21, 2008

5 lados de uma quase-razão

Começar pela definição pode até mesmo ser uma opção para tentar suprir minha latente falta de criatividade. Quem paga o preço disso tudo é o blog, que fica jogado, sem atualizações.

Mas consegui evoluir; antes, eu estava somente re-publicando coisas interessantes que eu encontrava na net. Agora já estou me aventurando e tentando recuperar minha sagacidade de outrora...

Não sou de fazer promessas, compromissos somente com questões relativas ao trabalho. Tirando isso, é tudo volúvel. Ou seja, marco e desmarco, cumpro e descumpro. Não importa.

Mas desta vez é diferente, prometi a uma pessoa que escreveria algo sobre ela. De fato, como eu mencionei acima, poderia muito bem deixar passar batido e nada escrever, sob o pretexto de que “não tenho idéias bacanas para te descrever...”

Mas não, preferi tentar combater de frente isso, vou tomar como se fosse uma petição que precisa ser feita! Bom, ela merece esse post sim, tem-se demonstrado uma pessoa que conseguiu chamar minha atenção.

Por que chamou minha atenção? Pensando nisso, até posso remeter meus pensamentos pelo fato de que ela foge da normalidade. Foge, mas não é daquela forma que te assusta, ao menos a mim não. Ela consegue mostrar e ver as coisas num outro ponto. Tá raro achar gente assim hoje, é muito mais fácil seguir o ritmo e os padrões da maioria, acho que ela não escolheu isso.

Ela gosta muito dessa onda cult (risos), e acho que gosta de uns filmes estranhos também...Além de não gostar de axé, sertanejo e pagode; tem um gosto musical requintado. Às vezes me faz sentir até vergonha quando falo das bandinhas horríveis que escuto. Tudo bem. Voltando aos filmes, é bom saber que tem alguém que vê além de Hollywood!

Conversamos muito, nos vemos pouco. Tudo sem neura nenhuma. Tudo sob um curso anormal da normalidade, chegando até mesmo a parecer algo muito trivial, e talvez até seja trivial, mas não é o que parece ser. Complicado. Melhor definição seja pensar em tudo isso como um momento, afinal, é o momento que acaba mesmo marcando as coisas na vida e ocasionando coisas maiores do que ele mesmo.

Noutro ponto, foi uma surpresa pra mim. Fiquei surpreendido pois confesso minha admiração pela pessoa, mas não esperava qualquer reciprocidade nesse sentido. Daí o interessante rumo que as coisas acabam tomando na vida, sem maiores delongas, apenas, acontecendo...Surpreso e, de certa forma, contente!

Com certeza a grande maioria das pessoas que estão lendo isso não deve fazer a mínima noção do que estou falando, ou então devem pensar que estou ficando louco e criando amigos invisíveis para suportar o caos do mundo! Hehehe. Não é verdade.

Enfim, após tentar descrever alguém sem ser direto tornou-se algo fácil e lacunoso. É fácil, pois pode ser vazio e genérico. É assim porque é necessário que seja assim, afinal, de que vale tanta exposição gratuita? Sempre prezo pela discricionariedade do blog, e acho que consegui fazer dela presente. Em resumo, esse post dá algumas pinceladas sobre alguém, e chama a atenção do leitor para questões do autor, talvez como uma tentativa de mudar o foco. Em vão.