quinta-feira, março 31, 2011

E eu, que fiz pouco caso de um gênio

"(...)Às vezes a gente fica assim, mesmo sem motivo, e quer andar por aí. Às vezes a gente não sabe o que quer, mas sabe como é, e quer muito mesmo assim. E é engraçado ver que tudo sempre esteve aqui mas a gente achava que estava tudo errado.(...) "


"Sempre apegado aos detalhes, e são eles que nos fazem sofrer, Rodrigues..."




sábado, março 19, 2011

Passado a limpo, lindo e passado


Esses dias têm sido estranhos. Tenho dormido mais tarde e acordado sem sono. Não tenho vontade de sair de casa, muito menos de ver pessoas. Você provavelmente dirá que isso é o meu normal, que nada há de estranho nisso. E eu deveria concordar, mas não posso. Porque sei que estou me sentindo diferente, porque sei que esse igual não é o mesmo igual do que naquela época... daquele tempo que você me conheceu.

Ao mesmo tempo, nada mudou. O frio que quase tem feito - e muito mal feito - e essa chuva que insiste em cair ainda me trazem conforto, ou algo que o valha. E toda vez que escuto o Morphine com todos aqueles metais e um baixo bem grave, me arrepio todo. Minha raiva do espelho continua, minha mania de contar estrelas no céu à noite também, assim como várias outras manias. Olhando assim, o tempo parece não ter passado, poderia até dizer que continuo nos meus 18 anos; neste ponto. (ponto)

Um monte de livros que eu sequer passei da décima página estão jogados no chão. Não sei, talvez essa busca em escritos por algo que me dê sentido esteja me atormentando demais; mais do que realmente deveria, se é que deveria mesmo, enfim, eu realmente não sei. Quero respostas imediatas, fim de angústias e incertezas. Eu sempre fui assim, não é? Por mais que você tenha tentado me ensinar que precisamos refletir mais sobre nós mesmos, acho que eu nunca tive coragem de tentar. Talvez eu tenha muito medo de mim, muito medo de me conhecer de verdade.

Apesar disso tudo, há algo de novo aqui. Porque minha vida está diferente, eu sei. E ainda que seja estranho, não é ruim. Você não deve ter reparado, até por estar tão distante agora.
Ps: Essa foto faz parte do encarte do disco Legião Urbana II, e ela está ilustrando este post porque sempre fez parte do meu imaginário, desde os tempos de criança, quando olhava o encarte do LP e via essa foto, sentia algo diferente, não sei explicar o que sentia na verdade, um misto de curiosidade com admiração. No meu ver, me parece um casal bem apaixonado, após uma longa noite de curtição, no fim dos anos 80 talvez, que teve a idéia de ver o dia amanhacer na praia, ao som das ondas com os primeiros raios de sol, tão bonito e tranquilo ao som do mar. Apaixonados. Com certeza. Simples, bonita e elegante. Assim como o Legião Urbana e esse disco supracitado.

quinta-feira, março 10, 2011

Bem dentro de mim, onde a dor não encontra afago

A cada hora que se passa tem se tornado cada vez mais difícil a respiração e a convivência. Posso acreditar que sou um dos que lutam ou que estão ao lado da minoria, Eu poderia muito bem ter nascido como os outros e como a maioria, mas acabaram me escolhendo para fazer parte de um lado que eu não quero estar, eu não quero estar de verdade.

Quero ver cores, quero ver sorrisos, talvez apenas um único sorriso; sincero como sempre o foi, que sempre me dava um tom perene e infinito... De verdade, a gente sabe que é de verdade mesmo.

Eu não tenho visto nada disso há muito tempo, eu quero uma vida de verdade e quero ser como todo mundo é. Na verdade, ninguém sabe o quão doloroso é viver assim, o tão doloroso é ter que envolver tanta gente assim e ter que sentir e fazer sentir tanta dor.

Eu não quero mais sentir dor. A dor física nada me dói quanto a dor de algo que eu não sei explicar, mas tão somente sentir e sofrer.

Nesse caminho, acabei ferindo muita gente que só queria o meu bem. E eu juro por tudo que poderia gritar ao mundo implorando por aceitação, pois dele eu fui cuspido, com muito espinho acabou ferindo os meus bens, que só após TER que sofrer, vi que eram e ainda o são tão valiosos e sagrados para mim.

Eu tive a prova viva disso, eu vivi a experiência disso.

Mas, ainda não achei resposta do por que da vida em me preterir o caminho da dor, tão ligado ao aprendizado?

O meu sofrimento já o é bastante para me penitenciar, precisei me afastar do que gosto para poder achar, sem machucar ainda mais além de mim.

Onde tudo isso vai parar?

Eu quero o verbo e quero que venha forte e estrondoso e que realmente isso tudo PARE!

terça-feira, março 01, 2011

Pensamentos e reflexões de Geovanne Casanova


Tenho realmente pensando em coisas com o objetivo de não me deixarem lembrar das noites em que eu fiz e refiz planos para trocar minha vida por outra vida. Restos de comida, copos e cinzas de cigarros nos tapetes de festas que nunca estive e sequer ninguém me viu...

Nada mais é do que uma teoria de sobre estar só. Ora, pensemos, se o inverso de ser feliz é a certeza de saber que nem sempre temos as respostas que queremos ouvir?

E ela diz:

-Então me liga!

Mas na verdade sequer lembra o meu nome

Respondi:

-Ligo sim... É claro.

Acabo sempre ligando e dizendo:

- Sabe, hoje talvez passe aquele filme que eu gosto tanto...

É verdade, eu poderia muito bem ser gentil e perguntar mais um monte de coisas fúteis, mas a verdade é que eu queria mesmo era ter um copo de água suja pra beber e parar de fingir!

Será que o vazio é bem maior agora? Agora sim sabemos ter feito o melhor e deixamos tudo mais pra depois, pra depois.

Sabe? As vezes eu mesmo me pego pensando assim:

-Deixa pra lá.

Cansa menos, e pra você?
Obs: Créditos da foto de uma cena legal do filme "Alta Fidelidade"; o indico também.