quinta-feira, dezembro 06, 2007

Perto demais

Bem, nesses canais por aí de tv passou um filme que eu já deveria ter visto há tempos, bom, o nome não parece atrativo, mas a trama do filme é simplesmente fantástica! Dinâmico, cru e o melhor, as coisas acontecem como na vida real...Raro ver isso em Hollywood...
POis bem, após ver o filme, fui procurar algumas críticas sobre o mesmo para saber se eu apenas havia me empolgado por pouco e tido um interpretação muito introspectiva ou se o filme era mesmo para dar essa sensação do tipo: "Pooo...num é?!"
Vou colocar uns trechos de uma crítica sobre o filme, que achei bem oportunas, de fato expressam o teor do filme.

Pois o que você imagina que irá acontecer quando você se apaixonar? O que espera ganhar? Você quer que a pessoa torne-se parte de você? Que a companhia dela seja o bastante? E se, por acaso, um de vocês desistir ou mudar de opinião? o que realmente nos leva à fidelidade sexual, de qualquer jeito? Você estaria disposto a arrasar a pessoa que você arrastou para sua ilusão de como a felicidade deveria ser, apenas para tentar ver se você consegue ser apenas um pouquinho mais feliz com outra pessoa? Isso é correto? E quando contamos a verdade, somos mais heróicos do que quando mentimos, mesmo que a verdade irá arrasar vidas e corações para sempre?
A resposta em "Closer", se é que há uma, é que no momento em que pararmos de idealizar romances (que são uma distração, mas não são amor de verdade), poderemos realmente desfrutar de quem está ao seu lado, realmente descobrir as pessoas com quem vivemos e, portanto, nossos relacionamentos. O filme acaba se tornando um conto sobre duas pessoas que acabam descobrindo o valor do que tem, duas que acabam se perdendo e onde as verdades nada valem. "Closer" é perfeitamente cruel, verdadeiro, revela a hipocrisia dos relacionamentos modernos sem pregar soluções (as perguntas feitas acima permanecerão sem respostas), mas indicando onde a sociedade deslumbrada pelas belezas do sexo enfurnou a conexão espiritual com outro ser humano: atrás das caixas de papelão de um sótão empoeirado. "Closer" é um tapa na cara de quem usa o cinema como combustível para fantasias escapistas de romances maravilhosos. Não é que o amor não exista, mas é inegável que "Closer" advoga muito bem a afirmação contrária.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Ora direis....

Não sei quando e nem o porque, mas sempre vêm à minha mente essa frase: "Ora direis, ouvir estrelas!". Resolvi fazer uma cordial homenagem à minha mente com o poema na íntegra...
E porque nem sempre buscar sentido é o que deve ser feito.

"Ora (direis) ouvir estrelas!
CertoPerdeste o senso"!
E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las,
muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Olavo Bilac.

terça-feira, novembro 27, 2007

Sócio-terapia individualista

Eu não sou individual, eu sou apenas a síntese do pensamento coletivo.
Eu não posso mais agir de forma individual, apenas assimilo o que o pensamento coletivo tem a dizer.
O pensamento coletivo não é dotado de individualidades, mas sim, de uma forma desconexa de idéias. Em sua maioria levam ao individualismo, estamos falando de individualismo coletivo?
-Sim. (ele responde)
Tudo funciona como um reflexo do mundo e dos que nele habitam.
Não me culpo, sou uma parabólica fincada no chão.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Penumbra

Sabe...É tarde, é o que me fez voltar.
Não pense que procurei outro motivo que não este.
Apenas voltei porque era tarde demais.
A única dúvida que deixo é de o quão tarde estamos falando.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Psique*

Obs: Aventuras nórdicas há de continuar.
Nesta semana, folheando a época que tinha como capa o Hugo Chávez e todo seu arsenal de terceiro mundo, me deparo com uma coluna com o título “Zona de confronto”, não me lembro do autor, me dei ao trabalho de ler.

O autor começa fazendo menção ao Dr. Lecter, o sociopata dos filmes “Hannibal”. Sempre achei interessantes as condutas do Dr. Lecter no filme, sempre calmo, gostava de músicas clássicas, e sabia realizar a lobotomia, e matava com extrema tranqüilidade.

Pois bem, ele sempre dizia nos seus filmes que nas horas de maior desespero do ser humano, seu subconsciente se dirige a uma área chamada Zona de Confronto, é lá onde fica o “The best of...”, ou seja, é uma parte do cérebro que armazena boas recordações, coisas que aconteceram na nossa infância e são usadas pela nossa mente para nos dar um pouco mais de serenidade nas horas mais críticas.

Achei essa artimanha da mente uma coisa sensacional, é uma espécie de defesa à agressão psicológica sofrida. Não são apenas lembranças da infância, são momentos de prazer puro, sem o senso de ridículo que o tempo nos coloca.

Depois disso tentei entrar na minha zona de confronto e ver o que estava por lá...Não consegui fazê-lo por completo, pois não estava sob nenhuma situação de desespero, então posso dizer que a experiência não foi completa. Mas pelo pouco que pude notar, o que me veio à mente foram lembranças de quando meu pai me levava para ver o trem passar (aquilo era simplesmente fantástico, como podia uma coisa daquele tamanho andar sobre trilhos?), biscoitos Passatempo, e um pouco da sensação de ansiedade que eu sempre tinha antes de pegar o boletim final (sempre que pegava o resultado, o dia estava chuvoso e eu fazia questão de tomar chuva e andar na enxurrada, pois eu sempre era aprovado), alguns desenhos de infância, super-heróis japoneses, a ansiedade para os dias de aniversário para ver os presentes (Me lembro ate hoje quando vi meu uniforme completo do Cruzeiro!) minha primeira revista de mulher pelada, playboy (da Andréia Sorvetão). A primeira sensação de gostar de alguém...

E vocês? O que reside na sua Zona de Confronto?

*Do grego psychein ("soprar"), é uma palavra ambígua que significava originalmente "alento" e posteriormente, "sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão "psique" era utilizada como um sinônimo de vida e por fim, como sinônimo de alma, considerada o princípio da vida. A psique seria então a "alma das sombras" por oposição à "alma do corpo".


quinta-feira, outubro 25, 2007

Aventuras Nórdicas - I

Como de praxe, todos que tem o costume ou mesmo a curiosidade de dar uma passada nesse blog, têm a sã consciência que eu não sou fã do Brasil, nasci aqui né? Não foi minha escolha, é como se diz, “amigos você escolhe, família não”, essa é minha relação com o país da bandeira verde amarela e azul, que combinação clássica, hein?

Pois bem, dia oito deste mês embarquei rumo ao velho continente, um antigo sonho que eu tinha de conhecer uma coisa bem diferente, e, de fato o é. Primeiro fato emocionante foi o de passar pelo controle de imigração de Amsterdã, quando fui pedir uma informação sobre a localização de um portão, o
camarada me abordou com um nada amistoso: “Come here..”. Fui com ele até a sala da imigração, onde ele me bombardeou de perguntas, queria saber pra onde eu iria, o que eu iria fazer por lá, aonde eu ficaria e quanto dinheiro estava levando.
Bom, esse foi meu primeiro contato com a europa, bastante corrido pois o voo BH/SP havia atrasado bastante, e o aeroporto de Schiphol é como uma cidade, enorme, até achar o portão já estava na hora do embarque...Mas já deu para notar a tamanha variedade étnica, gente de todo lado, idiomas variados, muita mulher bonita.

Tamanha ousadia que tive até que mostrar o convite de casamento para que eles dessem fé e carimbassem o passaporte. Okay, enfim, deu certo. O controle é rígido, mesmo Amsterdã sendo uma cidade bem moderninha, eles ainda gostam de fazer sua “modernidade” com ordem...

Ao desembarcar em Turkku, se não me engano cidade vizinha a Helsinque, haja vista que não há aeroporto em Helsinque, senti de imediato o ar gelado entrando em meus pulmões. Confesso que sentir o frio nórdico foi uma das melhores sensações da minha vida.

Não era o frio que o povo de Belo Horizonte diz ser frio (algo do tipo 15 graus), era um frio de verdade, em torno de 1 grau. Isso sim é fantástico, ainda mais para uma pessoa que possui uma exacerbada intolerância pelo calor tropical...

Enfim, tinha certeza que estava em casa...


Continua no próximo episódio.

quarta-feira, outubro 03, 2007

As velhas-novas coisas da vida

Tempo de mudanças por aqui, e na vida de alguns. É verdade que tem uma data que eu não posto nada por aqui, mas, quanto mais parado eu fico nas coisas, menos coragem eu tenho de postar as coisas aqui.

E olha que nem é por falta de novidades, confesso que elas estão presentes em abundância na minha vida nos últimos tempos. Mas esse post é dedicado ao camarada que vai nos deixar por um tempo, longo ou não, ainda não sabemos.

Todo mundo tem uma fase na vida em que deseja respirar novos ares, e deixar para trás tudo que fora feito ou construído por aqui. Atitude temerária. Porém, o pior de tudo na minha concepção é o medo de ter medo, e esse nosso camarada parece não sofrer desse mal.

Ademais, ele tem a sã consciência de que deixa por aqui muitos laços de amizade construídos ao longo dos anos e com muitas pessoas, umas mais que as outras, por óbvio. Não deixa somente os amigos, ele deixa também parte das suas conquistas, parte de si mesmo, parte de uma história de vida na qual fez parte na de muitos.

A vida é cíclica, uns vão, outros chegam. Tomemos isso como um crescimento benevolente para a alma de todos, principalmente para quem segue rumo ao seu destino, atendendo ao chamado do cosmos do universo, que, de forma veemente pede a sua estadia por lá durante algum tempo.

O que vai acontecer nesse intervalo de tempo? Ninguém sabe, e nem mesmo o modo como vai acontecer. O importante no final de tudo é sempre ter feito valer a pena, tudo isso, desde aqui, até lá...

Não é o fim de nada, apenas um novo recomeço. Lá, você poderá buscar ser diferente de tudo que foi por aqui, lá, você estará livre para encarnar um novo personagem. Novos amigos, novas garotas, novos costumes, novos porres! Esses sim!
Enfim, também me encontro numa situação de novidades na vida, não sei bem como encará-las. Vou adiando decisões até onde eu conseguir. Então vá, viva e seja feliz. Legal ter personagens polarizados como teremos doravante.

O show da vida nunca pode parar!!!


“Algo como se enforcar
Em seu proprio orgulho é tarde
Pra se arrepender
E muito tarde pra entender
Algo como discordar
Sobre tudo que te falam
Depois vai perceber
Que é muito tarde pra entender”

terça-feira, setembro 11, 2007

Conversas noturnas-PARTE IV

-Hum! Estou gostando de ver dessa vez...

-Gostando que?

-É...Muito melhor do que da última vez que nos encontramos, tá feliz? Não me conta as novidades...

-Pois é! Acho que essa coisa toda de segundo semestre e início de fim de ano sempre me anima, apesar de não ter muitos motivos, acaba me animando.

-Entendo, quer dizer, não entendo! Heheh
-Então deixa, que diferença isso vai fazer ao todo?

-Por mim tudo bem, prefiro te ver assim.

-(...)

-Serio! Dá pra ver pela sua cara, até pelo que a gente tem conversado nesses dias, enfim, acho que você voltou ao normal.

-Será? Hehe

-To dizendo...

-Agora me diz que você não sente falta?!

-hahahaha....Idiota!

-Eu?!


-(...)

-Mas dessa vez tem uma variável, aliás, sempre há!

-Não! Sem variáveis dessa vez!

quinta-feira, setembro 06, 2007

"Por onde andará o amor?"

Quem, numa tarde triste

Andou procurando amor

Quem, se o amor existe

Um dia encontrou o amor

Ah, esse apelo triste

Que vem do silêncio em mim

Ah, numa tarde assim

Por onde andará o amor?

Vem, coisa mansa e triste

E sai desta solidão

E diz que existe a paz

No seio (tempo) da paixão.

*Manuscrito de Vinícius de Moraes, descrito no recém publicado livro "Cancioneiro Vinícius de Moraes"

terça-feira, agosto 28, 2007

Ela sabe o que faz

Num determinado dia, alguém havia lhe dito que sua vida era de certa forma, um mundo de fantasias. Quando ela ouviu isso, fingiu não dar a mínima importância, mas, em seu interior, sentiu-se bastante incomodada. Como poderiam entrar em suas defesas de tal forma? Quem tinha esse direito de dizer o que se passa com cada um? Ficou bastante magoada com aquela constatação, afinal, ela não via nenhum mal em ser dessa forma, se refugiava sendo assim, se abrigava em si mesma.

Isso que ouviu de fato afetou o seu dia, passou então a tentar pensar um pouco mais sobre isso, o que, de certa forma, não havia sido uma boa idéia.

Tirando todas as ocupações de uma rotina normal, em determinado momento ela se via totalmente distante de tudo que era físico, havia somente um imenso campo de sentimentos e sensações, silêncio, muito silêncio.

Tentou por bruto modo se dar por si, mas não conseguia voltar à realidade, não conseguia. Algo a chamava para continuar naquele transe inafastável. Conseguiu, ao poucos, perceber que estava sozinha em seu quarto, conseguiu, aos poucos ir acordando para a realidade e controlar as fugas de sua alma.

Quando conseguiu voltar para o mundo físico, ouvia uma música de Bob Dylan (ou quem quer que fosse...) tocando ao fundo, e nem mesmo se lembrava que fora ela mesma quem colocara aquele CD, há algum tempo já. Já não havia mais silêncio no ambiente, somente por dentro dela havia silêncio.

Não mais estava inquieta com as coisas que antes a atormentavam, o telefone toca e ela desperta por completo, era o seu namorado que ligava.

“-Ei...O dia ainda não acabou! Acorda! Vamos!”

A vida, sim.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Tratado moral

Resolvi mudar um pouco por conta desses dias. Acho que acabei encontrando uma solução para algumas coisas, mas, enfim, é sempre o que eu acho quando eu me atrevo a interpor algumas mudanças de comportamento por conta própria. Quem está de fora nada entende. Nem deve.

Falando por auto, a questão passa ser enfocada em diferentes status, um deles é no que tange à imprevisibilidade, pois bem, acho mais interessante agir dessa forma agora. Antes, o que era previsível, não mais o é. Esse é um substancial aspecto de mudança, que, de fato, irá interferir em toda minha esfera de convívio social ou mesmo dentro das minhas frustradas tentativas de socialização...hehehe

Não importo.

Traçando-se novos objetivos, almejam-se novos horizontes, o mundo muda, você precisa mudar com ele, pois como disse Éfeso:

“Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio, porque as águas não são as mesmas e você não é o mesmo.”

quinta-feira, agosto 16, 2007

Utilidade pública - II

Conforme é notório, o blog não recebeu novas postagens durante esses últimos dias, tenho andado fora do ar em assuntos virtuais em virtude do tempo que me fora tomado em prol de outros projetos.

No mais, encerrando-se esse lapso temporal, o blog receberá novas postagens! Sendo mais específico, na próxima semana.

Até!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Lírios aos anjos

*Parafraseando
Ah, se ser feliz ainda me fosse uma ponte para alcançar a paz. Por que não querida? Já fez sentido se um dia proclamasse seus planos e promessas para não comprometer o momento?

E eu não sei como preencher o vazio destes nossos passos. Eu não sei quando comecei a atirar lírios aos anjos...

Talvez seja necessário algo além de um sorriso incapaz de me prender a atenção, mas foi legal estarmos juntos esperando o calor tomar corpo.

A única certeza é que eu quero parar de fingir não ver nos dias um caminho cada vez mais longo. Nem mesmo posso continuar a acreditar que a vida seja algo tão distante...

Entregaram-me os jornais de meses que eu só queria deixar para trás, me contaram os finais de todos os filmes que pensava em assistir. Enfim, deixe o vento carregar tudo que me leva adiante
.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Agradeço a visita!

É bem verdade que meus textos não são os primores da alegria, e nem mesmo estão lá para isso. Não é possível queiram alguma coisa do tipo de um comercial de margarina, pra quem se lembra dos comercias com a música “All happy day”.

Go fuck! Portanto, não creio que minha forma de escrever se modifique, mesmo com algumas considerações dos meus caríssimos (de fato) e assíduos (essa é mentira) leitores. Enfim, tenho recebido muitas críticas sobre o blog. Complicado mudar tudo isso, haja vista que ele se tornou um ente virtualmente personificado, por mim, é claro.


Desta forma, é isso que estão falando pelos botecos da vida:

-Você não sabe o que anda escrevendo? Não são seus pensamentos?

-Adoro quando você fala dos olhares!

-Seus textos são densos, intensos. Eu os sinto em mim.

-Sabe, às vezes dói ler o que você escreve, ando preocupada com você.

-Tá tudo bem? Manda notícias!

-Não vai mais postar?

-Não suporto mais suas lamentações.

-Ahhh, não curto muito os diálogos não...

-Okay. Depois eu leio.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Palavras, pensamentos e divagações - I

Ao longo dos anos consegui puramente avançar com minha grande arte da prolixidade das coisas. Dessa forma, acabo até mesmo complicando as coisas para mim mesmo. O pior de tudo é que não aplico essa arte tão somente nas palavras faladas, mas também nas palavras pensadas.

Por que esse não seria um motivo de algumas confusões mentais e devaneios? Claro, de fato pode ser um dos fatores. Então, me sinto Doutor na arte de complicar as coisas, e o pior, para mim e para os outros.

Posso responder coisas complexas com habilidade e às vezes acabo sendo traído pelas coisas mais simples da vida. Vê se pode?!

Tem muita coisa muito óbvia que eu me perco pensando, parece que nesse caso ocorre uma coisa mais complexa, pois, assim como tudo na vida, quem pode o mais pode o menos (frase muito utilizada ao longo do curso de Direito)... Então seria dizer que quem pensa o mais, pensa também o menos! Mas não é o que ocorre.

Talvez, isso tudo pode ser porque as coisas mais simples que nos cercam são coisas ilógicas, e eu tenha desenvolvido meu pensamento muito voltado para o lado lógico, com alguma pitada de emoção nas horas mais inconvenientes da vida. Esse sou eu.

Somente com a inter-relação entre pessoas que isso pode melhorar com o tempo, e pra falar verdade, não sei dizer se me interessaria muito por isso. Ta certo, às vezes é legal, mas eu ainda prefiro ser mais o que sou.

As coisas mais idiotas e simples me deixam encabulado por longo tempo. Pra mim, fica de difícil aceitação algumas coisas. Mas vai lá, não dá pra se fazer muita coisa para mudar não. Bacana é poder pensar e acabar admitindo algumas fraquezas, tal como fiz agora.

Se essa fosse a única, estaria feliz, mas com ela, tenho várias e várias outras!

Como cantou aquele grande músico brasileiro: "Quero me encontrar, mas não sei onde estou/ Vem comigo procurar algum lugar mais calmo /Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita / Tenho quase certeza que eu não sou daqui(...)"

E por aí vai...



quinta-feira, agosto 02, 2007

Vai ver é assim mesmo e vai ser assim pra sempre

Curioso como os dias mudam mesmo a nossa vida e a nossa perspectiva. No começo dessa semana, o sábado amanheceu nublado por aqui, se não me engano a última vez que isso ocorreu fora bem no finalzinho de 2006. O dia amanheceu nublado ensaiando uma queda de temperatura que veio a ocorrer no início desta semana...

Normalmente eu costumava a gostar muito disso, mas naquele sábado nostálgico não estava legal, não daquele jeito. Estranho, basta uma mudança climática para vir à tona algumas lembranças, como até mesmo a roupa que se veste, a música tocada, o sabor do chicletes, o cheiro lançado ao ar, o caminho percorrido e as pessoas que você vê naquele ou naqueles dias...

Não basta dizer que está livre de algumas coisas na sua vida e de que o tempo cuidará de apagá-las da sua memória. Irreal. Não há como ler um livro e entendê-lo sendo que algumas páginas foram-lhe arrancadas. Penso que deva ser assim na nossa vida também, afinal, ambos tratam de uma história, diferindo-se no modo de contar.

Portanto, as coisas de que você não quer lembrar ou mesmo não faz questão de lembrar, sempre virão à tona quando você menos espera, e, geralmente trazidas por fatores supervenientes, tal como o nefasto dia nublado de um sábado...

Absolutamente isso tem uma repercussão mental, pode até fazer com que seu dia não seja aquela maravilha, mas também não é o fim. Enfim, nada será superado, nada será apagado, nada será substituído, nada será restabelecido. Os fatos fazem parte da sua vida, e ocupam espaço na sua cabeça e de lá não sairão. Eles são renovados, ressucitados e trazidos à tona por simples lembranças e recordações, que geralmente nos pegam de surpresa... É isso.

segunda-feira, julho 30, 2007

Conversas noturnas - PARTE III

-Oi! Tudo bem? Como vai?

-Olá! Tudo certinho e contigo?

-To bem! Eu te vi aquele dia na festa, ta lembrado?

-Hummm! Claro que sim, até acenei para você...

-É, eu lembro, mas...Ah! Deixa!

-Deixa nada, agora me diz!

-Por que você não foi até mim? Nem mesmo pra dizer um “oi”. Só um aceno de mão...

-Ué, mas o que você queria? Que eu fosse lá e cuidasse da sua vida?

-Não, na verdade eu não sei, é estranho.

-Não to vendo nada de estranho nisso, a não ser você mesma.

-(...)

-Se fazia tanta questão assim, devia ter ido até mim então. Ta vendo? É efêmero.

-Não sei!

-Olha só, eu acho melhor assim, vamos continuar nessa “impessoalidade” mesmo, é mais confortável...

-Você acha? Ta pensando assim?

-Acho sim.

-(...)

-Pois é, preciso ir resolver umas coisinhas. Depois a gente se fala mais. Beijo.

-Tchau!

sexta-feira, julho 27, 2007

Over-dose

Há uns dias estive vagando pelo interior, lá onde nem mesmo há sinal de celular. Gostei dessa idéia, ficar sem celular é uma benção! Pra falar verdade eu gostei tanto de idéia que quando cheguei a BH nem mesmo me importei em ligar o maldito aparelho, e assim ficou desligado por uns dias...

Essa nossa pós-modernidade tem surtido alguns reflexos negativos em minha mente, um deles é o que foi intitulado por mim de “Overdose de Comunicação” me atingiu brutalmente. O que seria a “Overdose de Comunicação”?

Pois bem, por muito tempo os meios de comunicação vem se aprimorando cada vez mais, ganhando a cada dia mais espaço no mercado e no cotidiano dos simples mortais. Todos entram nessa onda de comunicação rápida, intensa, facilitada. Mas isso gera conseqüências no mínimo desagradáveis.

Essa coisa toda de ficar envolvido na comunicação extra rápida do MSN, chegando ao cúmulo de conversar com oito pessoas ao mesmo tempo, com o celular ao lado, podendo tocar a toda e qualquer hora... É bem verdade que no início não incomoda muito, a irritação vai chegando aos poucos, e torna-se desgastante ao final, na sua fase crítica.

A evolução dos meios de comunicação veio para ajudar, mas, do jeito que estamos utilizando-as não cumprirá seu objetivo. Você precisa de conversar no MSN, olhar teu e-mail, ficar atento ao Orkut, atender o celular, seu telefone fixo, e atentar-se sempre para as notícias (e toda aquela coisa da cultura do you must!). Isso tudo é desgastante e degradante à mente.

O mal maior é que se cria uma ansiedade ou mesmo expectativa nisso tudo, tanto que chega o dia que o seu celular não toca, você não é chamado para conversas no MSN, e esquecem de você no Orkut, você se sentirá rejeitado.

Culpa sua, você quem criou essa dependência, e tornou-se um escravo de tudo isso.

Por isso digo que não tenho o menor problema em fugir, sumir, entrar offline, desligar o celular sempre em que achar conveniente para mim. Não quero sofrer de Overdose!

Enfim, EU SUMO.

-Pooo...Você anda sumido!

-É verdade, ando sim!

Ou então...

-Cadê você?! To com saudades!

-Eu sumi né?

quarta-feira, julho 18, 2007

Astrologia barata

Sou de libra, sou a balança. Dizem sobre sua estabilidade, dos cuidados para com os valores e o equilíbrio entre os opostos. É onde se enxerga a realidade no zodíaco. O caminho a ser seguido, que vem depois de experiências drásticas, onde se pode caminhar sobre o fio na navalha entre os signos. Ou vive em reflexão estática ou se insensibiliza com tudo. Dizem que esta balança tende a viver uma vida de estabilização, deixando para o próximo signo determinar a inclinação dos pratos da balança...
Por outro lado...

Também sou um bode, o cabra, como um unicórnio “a besta que luta e triunfa!”; capricórnio. Eivado de mistérios, onde se busca sua estabilidade e sustento nos lugares mais tortuosos e estranhos em que se pode imaginar. Subindo aos topos da ambição humana, egoísta que busca satisfazer sua ambição, custe o que custar, custe quem custar.

sexta-feira, julho 13, 2007

Rock n' Roll all night - sexta feira 13

Definitivamente uma data como a de hoje merece um post. Afinal, hoje é o dia mundial do ROCK N‘ ROLL.

Esse camaradinha tem um papel muito importante na minha vida, pois, de alguma forma ajudou a construir ou mesmo des-construir minha vida! Hahahaha. Mas tá bom, é isso mesmo, sempre foi legal ficar na sua companhia.

Fato é que eu sempre recorri a ele nos melhores e nos piores momentos da vida. Admito que ele possua algumas variações humor, ou seja, ele tem sim algumas vertentes, a exemplo cito uma bem nervosa e agitada que é conhecida como o Punk, tocado pelos Sex Pistols, Ramones, Bad Religion. Tem um bem próximo também, chamado de Hard Core, tocado pelo Dead Fish, Offsprig e NOFX e cia. ltda. Tem um temperamento clássico também, pelo qual se fez ser conhecido ao longo do universo, com alguns representantes de muito peso como os Rolling Stones, The Who e The Doors, dentre outros de igual importância. Ele se revela, por muitas vezes, sob uma forma nostálgica e triste, conhecida como Blues, com solos magníficos de guitarra e musicalidade ímpar.
Não posso me esquecer de forma alguma do REI, o único REI que existiu...SALVE ELVIS PRESLEY!

Se eu fosse fica por aqui citando todas suas vertentes ou variações de humor, caso queira personificá-lo, gastaria grande parte do meu dia para escrever e do teu tempo para ler. Não sou comentarista musical.

Sempre me lembro de andar com meu MP3 carregado de música desse tipo que citei acima. Cada momento da minha vida tem uma especialidade na música, cada música representa alguma coisa na minha vida. Quando acordo com muito mau humor ou com muita preguiça, gosto de ouvir uma coisa bem agressiva e pesada, assim crio um pouco de coragem para levar o dia.

Às vezes acordo de boa, daí mereço ouvir uma coisa mais serena, algo como um jazz, blues ou coisa do tipo...Às vezes nada disso faz sentido e acabou ouvindo qualquer coisa, sempre acaba mudando também. Enfim, ele era sempre quem estava e está ao meu lado nos melhores e nos piores momentos, pelo bem ou pelo mal! Assim como eu, personalidade dupla! hahahha

Certo é que desde a primeira vez que ouvi o Nirvana, isso deve ter sido por meados de 1995/96, foi uma porrada na cara, de lá pra cá não consegui mais parar de ouvir essa cachaça que é o rock and roll, aquilo havia sido apenas a porta de entrada para várias excepcionais bandas que eu descobri e ainda vivo descobrindo.

Enfim, obrigado por existir!
Ps. Alguém acha que faltou alguma coisa, alguma banda, enfim, ficou alguma coisa de fora? hehehe. Pra quem me conhece, sabe que existe algum ou alguns erros cometidos intencionalmente!

quinta-feira, julho 12, 2007

Reflexões de outono

Já era tarde quando deu por si de que estava completamente só naquele ambiente, isso se deu por conta de que nem mesmo se importava com isso. Afinal, havia de fato se acostumado com a sua própria companhia, como todo egoísta, ele gostava muito de desfrutar do tempo acompanhado de si mesmo. Nunca lhe pareceu ser tão bom estar por ali sozinho.

É bem verdade que os últimos acontecimentos não o encorajavam muito, mas, na verdade, não era hora e nem momento de ficar pensando nessas coisas. A pauta era outra. Tinha que fazer alguma coisa por si mesmo, e, de fato, já estava fazendo. Resolvera sair sozinho para conversar consigo mesmo e ver um pouco do hábito humano. Talvez essa fosse sua forma de se julgar superior aos outros, quando, na verdade, é comum como todos...

A noite estava agradável, não fazia questão de nenhuma companhia. Estava se acostumando com isso e achava legal. Dispensara instrumentos que antes lhe tiravam a paciência, resolveu fazer as coisas para ele mesmo. Não se trata de egocentrismo, mas, pode ser uma questão de egoísmo. E viu que não precisava mais dar satisfações sobre as coisas que fazia e lugares para onde ia. Devia satisfações somente a si mesmo, mas ele não as cobrava.

Mesmo com algumas dificuldades, conseguiu se impor na vida. Tinha um prognóstico de futuro bastante atraente. Tinha alguns amigos, mesmo que pingados, mas eram fiéis. Isso era o que importava. Era uma pessoa que já havia brigado muito e por muitas coisas, mas agora conseguia enxergar que essa não era a melhor forma. Mas, tinha uma forma peculiar de brigar pelas coisas, tudo ao seu jeito. Muitas vezes exagerado e emotivo, e outras com alguma racionalidade. Ambas sempre o levaram ao mesmo lugar no fim das contas. Assim é a vida.

Com todos esses pensamentos em mente, o tempo corria, e ele nem mesmo notava isso. Deu mais uma olhada à sua volta e viu muita animação. Tá certo que não pactuava desta com aqueles, mas fazia um papel coadjuvante nisso tudo, não se importava muito com isso, pois, sabia que na verdade sua mais relevante questão dizia respeito a si mesmo.

Olhou para a rua e viu um grandioso fluxo de carros, tudo nos conformes para um sábado à noite. Refletiu para onde iriam essas pessoas, o que elas buscavam, e o que afinal estavam querendo. Será que aquele sábado faria parte de suas vidas ou seria apenas uma “quebra de ritmo” na vida? Não se sabe ao certo, certo é que ele já havia ido para vários lugares também, e agora, estava parado consigo mesmo. Pode ocorrer isso com eles também.

Acabou por concluir que o mundo se manteve em completo estado de movimentação, a vida fora tocada para frente por parte de todos enquanto ele esteve imerso em suas próprias complicações e prolixidades.
Restava a ele pegar o ritmo dela.

terça-feira, julho 10, 2007

Pragmático

E num determinado momento da noite, ela olha para ele e diz, num tom de voz bem baixo, como aquele que se usa quando se quer pedir alguma coisa bem complicada:

-Sabe...Eu queria muito ter uma idéia do que faço quando você me olha desse jeito.

E ele continuou a olhá-la, como se ela não tivesse falado nada, apenas se destinava a acariciar seus cabelos. Novamente ela quer tirar o seu silêncio e diz:

-Porque você continua desse jeito? Não tem nada pra dizer?

Ele resolve falar alguma coisa, resolvera quebrar o silêncio. Ao menos dessa vez, em que ele teve algum tempo para pensar o que poderia dizer a ela:

-É que eu tenho uma certeza, a certeza de que quando o tiver você, vou te perder de vez e perdendo você, eu posso acabar me perdendo também.

Ela surpresa com a resposta lhe lança mais uma indagação:

-E não terá valido o risco?

Ele volta a ficar calado, dessa vez pensa por algum tempo, mas não chega a dizer nada para ela, apenas pensa consigo mesmo: Confesso que eu não sei.

sexta-feira, julho 06, 2007

Pois é

E foi em meio àquele silêncio que teimava em não dizer mais nada... Eu sempre achei que o dia em que não conseguíssemos dizer mais nada seria porque tudo já estava dito, porém, vi que estava totalmente enganado. Você olhava para o nada como que do nada fosse saltar-lhe perguntas que você deveria fazer para mim, e eu, eu olhava para você esperando algo maior do que um suspiro de tristeza. De fato, já estávamos muito distante um do outro, isso era certo. Hoje vejo. Caminhávamos sem saber a direção que tínhamos que ir.

E, pra falar verdade, já não sentia tanta vontade de lhe dar um abraço ou mesmo olhar para os seus olhos e procurar aquele brilho que existia de quando nos conhecemos... Parafraseando Cazuza “te ver não é mais tão bacana, quanto a semana passada...”. Eu era bastante inocente, perdido em suas vontades e você esperava de mim muito além do que eu poderia lhe oferecer. Eu tinha algum medo, não sabia lidar com minhas emoções, cheio de incertezas, dúvidas, ainda mais quando me via obrigado a decidir, e olha que eu nem sabia que decisão seria esta.

Se as palavras ainda existissem dentro de cada um de nós, elas se foram, pelo vento, levadas para o passado. Eis que ficaram muito distantes diante de todo o turbilhão que se estabeleceu. Agora, temos palavras e solidões passadas, em que cada um construiu para si isso.

Enfim, deixar você (s) partir (em) talvez não tenha sido tão mau assim, às vezes penso que poderia ter sido melhor eu sair. Mas, é complicado, sempre é complicado decidir o que não se sabe ao certo.
Não brigo mais por causa disso, hoje, durmo tranquilo.

"Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi"


terça-feira, julho 03, 2007

Suja a roupa, mas lava a alma

Dedicado a um amigo...
Nesses dias mais vazios parece que você está ao meu lado, por óbvio que não deveria ser assim, mas é simples também, eu não consigo evitar. Pode até ser besteira se olharmos que eu nunca tive você de fato. Mas essa sensação de abandono me invade.

É tudo muito estranho, esse céu cinzento me lembra você, a chuva caindo me lembra você. Mas por aqui não há nada além de mim. Fico vagando por aí, sem rumo, sem vontade, me perguntando se há algo de novo por aí, e será que ainda há? As coisas perderam o sentido desde o dia em que você se foi, sem que eu pudesse sequer evitar. Não estava ao meu alcance.

Mas, agora, vivo com algumas pequenas perspectivas. E, te juro, que se você lesse isso me daria uma tapa no braço e me chamaria de bobo. Mas você não vai mais fazer isso, não é? Estranho, sinto falta até disso. E olha que você sempre achou que o mundo era pequeno demais para nós dois, curioso, o mundo foi pequeno demais para você, que me deixou e deixou essas incertezas que não se calam.

E, por seu egoísmo, você levou meu mundo. Agora convivo com essa sombra que me impede de seguir em frente, mesmo depois de tanto tempo. Eu sei que você pode até não ter imaginado que seria assim, se é que você se importava com isso... Se você visse como sigo agora, talvez, teria se arrependido de ter feito isso. Agora é tarde, tarde mesmo.

Enfim, eu costumava a não me importar com dias de chuva, mas hoje, mais do nunca, eu odeio você.

quinta-feira, junho 28, 2007

Do lado de lá

Então, ele respirou fundo, abriu os olhos vagarosamente e se levantou do chão, estava todo sujo, cheio de areia. Por sinal não havia mais ninguém por ali, não se ouviam mais vozes, não havia mais palavras, enfim, não havia ninguém a não ser ele, o céu e o artista principal, o mar.

Mal notara a leve chuva que teimava em cair naquele outono. A chuva caia com alguma tristeza, mesmo sendo dia, parecia que havia velas por toda a praia.

Então, sem pensar muito ele foi caminhando com passos pesados até a beira do mar, ouvia com cautela o barulho das ondas e se deliciava com os pés sendo envolvidos por areia e água, além da espuma branca.

Ele caminhou de encontro ao seu destino, antes, algo que parecia tão surreal estava agora bem próximo de ocorrer, havia sim alguma lógica nesse absurdo.

A chuva começou a cair com um pouco mais de violência e mal dava para ver a imensidão do oceano agregada ao horizonte distante. Agora sim, após uma reflexão, não havia mais nada que o prendesse ali, estava certo disso.

Abriu os braços para sentir um pouco da chuva que caia, lágrimas escorreram por seus olhos. A água fria da chuva contrastava com a morna água do mar, isso deve tê-lo feito despertar um pouco do seu estado de torpor em que se encontrava, afinal, água gelada é sempre bom.

A água fria trouxe uma sensação de alívio que anos de angústia haviam lhe tirado. Nada mais se via no horizonte.

Abraçou forte teu próprio corpo, pensou naquela música que sempre vinha à sua mente nestes momentos (Glory Box, da banda Portishead). E, adentrou naquela imensidão de água, rumo ao horizonte que não mais vislumbrava...

Enfim, colocou termo naquilo tudo.

segunda-feira, junho 25, 2007

Não vamos complicar as coisas

E ele a pegou pelos braços, e após um forte abraço, olhou-a nos olhos e disse:

-Tenho medo de te perder...

-Não, você não vai, pára com isso!

-É que você parece tão...

-Apaixonada!

-Hã?

-Isso mesmo!

-Tem certeza?

-E isso importa tanto assim?

-Mas é claro...

-Mas não deveria.

-Nãaao?

-Você tem que aprender uma coisa...

-O que?

-A não querer ficar buscando sempre tantas certezas...

-Como se eu conseguisse.

-Consegue sim!

-Mas, pra que eu pensaria assim? Desse jeito?

-Você veria como é muito mais simples viver.

-Não acredito.

-Olha só, acredita nisso: eu te adoro.

-É mesmo?

-Nem vou te responder! Não ouviu o que eu disse?

-Tá bom. Posso te dar um beijo?

-Precisa pedir?

-Só queria ter certeza...

-Desisto!

sexta-feira, junho 22, 2007

Grande noite, grande postagem

Promessa é dívida. Prometi uma postagem sobre a noite de ontem. Saída de macho por ontem com o povo da PUC! Hahahha

Beber cerveja e conversar fiado.

Então fomos rumo ao fatídico Bar da Baiana na savassi, sempre acabo indo pra lá, ainda mais quando me perguntam pra onde a gente deve ir, sempre respondo alguma coisa como a savassi ou mesmo um bar bem bacana que eu descobri no Santa Tereza, por falar nisso, rola de voltar lá um dia desses.

Enfim, lá chegamos e custamos ser atendidos, aquele lugar bomba na quinta, se bubiar até mais do que na sexta... Tomamos umas e outras por lá, reparando o movimento do povo por lá. Depois de ficar um bom tempo por lá, resolvemos mudar de bar. Daí surge mais uma dúvida, pra onde ir?

Obs: teve neguin que ficou doidinho pela baianinha que servia a galera...Hein??????? hahahah

Opções: 1-Jack Rock Bar, 2-Santa Tereza, 3- ???. Advinha qual foi opção acatada? Claro, 3. O que isso quer dizer? Quer dizer que a gente acabou indo pro Amarelinho lá na prudente. Senão vejamos os motivos e exposições de fato e de direito; a opção 1 é sempre fóda, me amarro naquele lugar, eu e o resto do povo, porém era uma quinta feira e a gente não havia saído pra quebrar tanto o pau assim não...Já na opção 2, tem um bar bacana por lá, esse mesmo que eu mencionei acima, mas lá não aceita cartão é só no cash mesmo, não resolveria nossos problemas. A opção 3 é aquela em que nada se resolve e alguém toma partido e segue rumo ao lugar.

Chegamos por lá e, para nossa sorte, sentamos numa mesa ao lado do orelhão, daí, passada algum tempo saí uma garota correndo do bar e vai até o orelhão.

Olha o naipe da conversa (é só o que eu ouvi da garota falando ao telefone, por óbvio):

-Amor, eu estou aqui no cidade nova, com as minhas amigas...4 amigas...
(
A gente riu d+ nessa hora, ela só estava lá com uma amiga loira e dando o maior pulão no camarada...)
-Não amor, não se preocupa não...
(Continuamos rindo, e alto agora)
-Ahhh, pode ir dormir, eu também já vou.
(E nisso ela olhava pra gente e começava a rir também, e a gente mais ainda).

Daí perguntamos:-
“você quer que ele acredite?”hahahhaha
E ela responde rindo também
:- “Se vocês ficarem calados, sim!”

Putz! Como que essas mulheres de hoje estão espertinhas, que nem rapazinhos...Enfim, mais um corno em BH.

Ao sair de lá, resolvemos comer uma pizza, como sempre fazíamos desde os primórdios da faculdade, afinal, recordar é viver! Mas, ao chegar, a droga da pizzaria estava fechada, e a gente só poderia comer nela, para respeitar o protocolo.

Rumo ao posto comer um hot dog com cheddar! Claro, sujei a cara toda. Depois disso, foram comer um cachorro quente ao lado do Deputa Madre. Dizem que é o melhor de BH...A aparece uma moça loira por lá e dá uma "patinada" bem na nossa frente, bebassa! Uhahauhauhhua

Por pouco ela não cai que nem uma manga...E depois continuou como se nada tivesse ocorrido...Bastou!

Hora de ir dormir. Boa noite!


quarta-feira, junho 20, 2007

On the road

Essa coisa de se formar é bacana, mas acaba ficando meio nostálgica quando a gente quebra um ritmo que vinha nele anteriormente, tal como ocorreu comigo. Tava no ritmo da PUC, agora, preciso arrumar outra ocupação.

Foi numa dessas que resolvi dar um passeio por BH, sempre que to sem muito expediente gosto de dar uma volta pelo centro, lá sim é um lugar onde se vê pessoas vivas! Fui pra lá, mas não havia nada de muito interessante não.

Resolvi ir caminhando até a praça da liberdade, não sei o porque, mas tenho criado uma afinidade com aquela área da Savassi. Enfim chego por lá, lugar bacana, cheio de gente que estava andando meio sem rumo e com a cabeça na lua, assim como eu; além de um grupo de turistas latinos que queriam tirar uma foto “ao lado de la arbol...” (do lado da árvore, pegando ao fundo aquelas construções bacanas antigas que se vê ao redor da praça).

Um fato me chamou atenção, ao passar por dentro da praça, vejo dois camaradas sentados num banco se pegando d+. Porra. Há de ser horrível assim nos infernos. Ta certo, podem me chamar de preconceituoso ou do que quiserem, mas que é feio é! Ta certo que se fossem duas garotas seria bem mais bacana...heehheh....Mas não eram, eram dois caras, bom pra eles, melhor que sobra mais mulher pra gente.

Enfim, pico a mula da praça da liberdade, desço, acabo chegando à fatídica praça da Savassi, onde sempre tem gente e alguma coisa pra se fazer. Por lá, bem no quarteirão fechado havia um palco montado com um camarada passando som, tocando um blues na sua guitarra les paul...

Sentei por lá e fiquei pensando um pouco.

Enfim, chega a hora de ir embora, e quando vejo uma garota e uma senhora passando por mim, olho para a garota, que olha para mim. Nisso, ela já havia passado, e escuto um barulho de tombo! Mas, por incrível que pareça, eu não ri. Quando me viro, vejo a senhora que estava com a garota postada ao chão, de imediato fui ajudar (coisa que eu nunca havia feito antes numa situação dessas). A senhora estava um pouco nervosa, afinal, qualquer tombo na idade dela poderia ocasionar sérios danos. Passado o susto, estendo-lhe a mão para ajudá-la, e nisso o povo passando como se nada tivesse ocorrido. Ajudo-a, e sou agraciado com um simpático “Muito obrigado, moço!” e um sorriso da garota que a acompanhava!

Ta vendo?! Eu também sei ser uma pessoa boa! ahhaahha

terça-feira, junho 19, 2007

Oscilações

“-Estou completamente sozinho. Ninguém para conversar. Dá uma chegada aqui, daí posso falar com você...”

O que a frase supra tem a ver com o post? Não sei também, mas foi algo que eu queria muito colocar no blog, desde quando o criei, mas por algum motivo não havia colocado ainda, bom, aí está. Gosto dessa frase, é a primeira frase de um livro que mudou minha vida...Daí cada um interpreta do jeito que quiser, como de praxe.

Pessoas me cobrando posts, falando que querem saber o que eu tenho a escrever... Pooooo, ta certo que eu gosto mesmo de trabalhar sob pressão, mas isso aqui não e trabalho, é, no mais, um lazer, muito mais lazer para quem lê do que pra mim. Apenas compartilho experiências de vida. Mas tudo bem, é sinal de que tem alguém lendo as linhas que escrevo.

No mais, para falar do meu fim de semana tumultuado, vou me restringir a falar sobre minha reflexão de domingo, que se encerrou ou transmutou na segunda. Curioso.

O fim de semana foi frenético, embalado pelo gozo de se formar, afinal, cinco anos são cinco anos. Daí vocês já imaginam. Domingo a noite eu estava com um pensamento estranho, queria porque queria ter TODAS as mulheres do mundo, uma ruiva, uma morena, uma loira, uma de cada tipo! Hehehhehe

É sério, eu queria ter todas! Todavia, na segunda, quando acordei, acabei pensando que não queria ter mais ninguém não. Pra falar verdade, é tão simples viver sozinho, ao passo que é tão bom e tão complexo dividir a vida a dois. Não sei, com certeza é coisa de momento, como tudo na minha vida. Isso é só uma demonstração do grau de oscilação deste que vos escreve.

Gozado, como eu mudo de palpite rápido.

E, mais uma vez, eu sou assim.

Ps.: Mais uma vez, ninguém conseguiu dizer qual é o maldito hobby! Arrgghh!





quarta-feira, junho 13, 2007

Povo ruim de serviço

Como a semana está corrida, após sequer pegar nos livros no fim de semana prolongado, estou vivendo uma semana de provas. Acontece que mesmo precisando estudar não me entra na cabeça que isto tem que ser feito no fim de semana. Convenhamos quem fins de semana são dedicados a fazer o que não fazemos usualmente durante a semana, por isso me coloco a minha disposição e não à de fatores supervenientes....

Dia dos namorados foi ontem, né? Confesso que sempre, quando era mais jovem, até chegava a me importar de passar essa data sozinho, mas agora, na altura do campeonato, no meu apogeu egoístico, nem me importo!!!
Numa boa. E pra falar verdade, eu sequer tive tempo de pensar nisso. Maravilha! Vamos ver até onde isso vai...Enfim, aos “pombinhos” que estão juntos, que tenham tido um belo dia e uma noite quente...hehehe.

Tenho que trazer ao blog essa frase da minha amiga: “Se namorar fosse bom, micareta não bombava!” Olha o pensamento da garota!!! Não é por aí não! Como tudo na vida tem seus prós e contra, oras.

Putz! To pensando aqui sobre meu ultimo post acerca do Hobby, não teve sequer uma opinião “contundente”. To vendo como não sei atrair a atenção das pessoas! Hehehehe

Se eu fosse viver trabalhando com marketing, estaria morto de fome, mas ainda bem que não escolhi isso pra mim. Enfim, ainda aguardo que alguém descubra. Para tanto, acho que vou oferecer prêmios....hahhahahah

domingo, junho 10, 2007

Hobby

"-Por falar nisso, já reparou que quase todo mundo tem um hobby, por mais que tente esconder...?!"

Eu falo daquela coisa que cada um se orgulha muito, que adoraria fazer pelo resto da sua vida, mas, por algum motivo referente ao medo sempre deixa como segunda opção, ou só como diversão.

Posso dizer que é algo que não é fácil de seguir e manter como primeiro plano na vida. Daí o dito cujo fica se lamentando dizendo que nada deu certo na vida, mas não percebe que não se dedicou o suficiente e que abstraiu daquilo que mais tinha paixão por não acreditar na viabilidade.

Eu não pretendo ser assim, ao menos por agora, para o bem ou para o mal eu pretendo viver meu hobby. Chego a dizer que o pratico mais do que deveria e assim, jogo para o lado coisas que deveriam ser levadas com muito mais seriedade.

O grande problema é ser mais forte do que eu, temos uma relação de dominação, não consigo explicar bem. Algo parecido com uma dependência. Ele me consome, toma meu tempo, minha disposição.

Mas é um tipo de hobby peculiar, pois, apesar de não conseguir me separar dele, eu não o tenho como paixão. Pra falar verdade, eu o odeio cada vez mais quando esbarro nele.

E como ele gosta de me enganar no início, para depois me provar que está ali, firme e forte!

Ainda vou me acostumar, e fazer dele uma filosofia de vida!

Ps.:Se alguém souber que hobby é esse, sinta-se a vontade. O blog aceita comentários anônimos.


sábado, junho 02, 2007

Quem entende isso?

- Por que você não sorri?

- Porque eu não gosto.

- Como assim? Não gosta?

- Não gosto, ué! Qual o problema?

-Estranho...

- Sei...

- Mas você tem um sorriso tão bonito...

- Que nada...

- Ah, pára com isso, vai... você não está feliz?

- Não.

- Nem por eu estar aqui?

- Deveria?

Resposta

Choveu

sexta-feira, junho 01, 2007

A grande dúvida

Enfim, eu pergunto:

Será que vai chover?

quarta-feira, maio 16, 2007

Boas Novas

Até que fim o dono deste blog resolveu escrever alguma coisa por aqui, mesmo que não seja muito importante, não é nada bom deixar esse blog às moscas, mesmo que seja para satisfazer minha IMENSA gama de leitores assíduos; que, por sinal, devem estar ansiosos por mais uma genial postagem...
Não! Não sou/estou egocêntrico, apenas fui cínico, como de praxe.
É que por esses dias me deixei ser levado por alguns acontecimentos inusitados, algo que eu ansiava muito, mas, com sinceridade, não imaginava que fosse ocorrer! Conclusão: Fui pego de surpresa!
E olha que eu sou do tipo que odeia surpresas, haja vista meu altíssimo nível de ansiedade para as coisas! Enfim, com surpresa ou sem surpresa a ansiedade é a mesma.

Alguém deve entender direitinho o que eu estou dizendo aqui, pois faz parte dessa história também! heheheh

No mais, é isso! Apenas me atenho a postar alguma coisa para não usucapirem meu excepcionalíssimo blog! hehehhe

quarta-feira, abril 25, 2007

Makes no sense it all

Às vezes acordo na segunda com ar de sexta, desejando que a semana nem mesmo se iniciasse.

Às vezes a ressaca de quinta me faz acreditar que acordei no domingo.

Muitas vezes sinto o tédio de um domingo durante toda a semana.

-O que você quer de mim?

-Não sei!

-Deveria.

-Tudo bem! Tudo bem! Que dia é hoje?

-Que diferença faz?

-Agora eu quero saber!

-E pra quê? No final não é tudo igual?

-É?

-Vai acabar sendo...

terça-feira, abril 24, 2007

Utilidade pública

Prezados leitores,

O blog se encontrará às moscas durante essa semana. Motivo: MONOGRAFIA.
Esse meu velho hábito de deixar as coisas para a última hora ainda vai me custar caro.

É isso.

sexta-feira, abril 20, 2007

Dia do índio, noite de índio

Dia do índio, não poderia ser diferente! Programa de índio!

Pois bem, ontem foi o aniversário de um amigo, e como de praxe fomos até um bar para comemorar esta data especialíssima. Chegamos até lá, com o quorum mínimo, já que sempre quando há aniversário de alguém da galera o povo não costuma muito a participar, restando apenas uns gatos pingados. Isso já é tradicional.

Até então nenhuma novidade, após algumas cervejas, algumas caipivodkas a conversa toma proporções colossais, tudo nos conformes com direito até mesmo a um show de mágica de uma garoto que se dizia irmão do falecido Mister Euller...

Moleque bom de magia deixou o povo da mesa de queixo caído, e olha que eu não sou fã dessas coisas não. Mas reconheço que o camaradinha mandou bem demais.

Então, o após isso tudo o aniversariante resolve ir buscar a prima que estava saindo da faculdade, fui com ele até lá. Porém, aí começar a noite de índio! Como ele estava querendo ir para outro bar ainda terminar seu glorioso dia de aniversário resolvi acompanhar! O carro começa a dar problemas...

Começou e não parou mais, com direito a parada forçada em plena Praça Raul Soares ás 22:30h! Imagina o naipe da galerinha que estava solta na rua nesse horário e nesse local?! Mas não tínhamos alternativas, tentamos empurrar o carro para ver se pegava na descida e quase sendo atropelados pelos ônibus que passam por lá a milhão naquele horário.

Conseguimos colocar o carro quase em frente ao mercado central e nada do carro pegar! Inferno! Nisso, com o carro parado aparece um monte de “mecânico” querendo re$olver o problema. Infrutíferas tentativas...

O jeito foi mesmo chamar o reboque, que só foi chegar lá por volta das 00:30h. Sim, ficamos esse tempo todo esperando e vendo o movimento maravilhoso que rola no centro naquele horário, só tinha “santo” na rua naquele pedaço...hahahha

Por sorte havia duas viaturas ao nosso lado, e, diga-se de passagem, que NENHUM dos policiais se prestou para ajudar. Bacana.

Não havia mais nada a se fazer que não esperar o reboque chegar e gastar o tempo jogando conversa fora e rindo do nosso espetacular programa feito no aniversário dele, já que o negócio era ZOAR né...

Enfim, o reboque chega e deu tudo certinho. Esse foi o programa de índio...

quarta-feira, abril 18, 2007

O Justiceiro

Pensando sobre essa onda de violência que vem ganhando a cada dia mais força no mundo, fico pensando o que há de errado?

Nos Estados Unidos há alguma explicação sim, aquele governo prepotente e arrogante sempre coloca seus cidadãos em perigo, como ocorreu agora na Universidade Técnica da Virgínia. O governo com sua política devastadora fica colocando em xeque a integridade física do seu povo, tal como ocorreu no fatídico 11 de setembro. Tudo bem, enquanto eles ficam enaltecendo sua forma de governo, seu capitalismo sem freios, e sua cultura pro-individualismo, continuará com a tempestade de aviões e chuva de balas nas universidades, matando todo aquele povo que a gente vê naqueles filmes idiotas de jovens americanos. Não quero seu mal, apenas que vejam que há alguma coisa errada.

Como o Bush é inatingível, sobra para o povo, que fica vulnerável.

Sobre o artista principal dessa tragédia; Cho Seung-Hui, um veterano de 23 anos de idade que iria se graduar em Língua Inglesa, chegou aos Estados Unidos ainda criança da Coréia do Sul em 1992 e foi criado no subúrbio de Washington; de fato esse camarada deve ter sofrido na mão dos yankees idiotas, com aquelas brincadeiras de universidade.

Viva o imperialismo capitalista! Resultado: Pífias 32 mortes!

O que houve na verdade? Ele foi movido por um surto psicótico, um impulso de raiva. Em suma, isso um ato da loucura que atingiu o jovem. Não há mais explicações para serem buscadas, pois, a loucura não tem explicação, se tivesse explicação não seria loucura.

Quanto às guerras no Rio de Janeiro, acho bacana, quem sabe dessa forma não interditam as gravações das novelas por lá.

segunda-feira, abril 16, 2007

Mudando os conceitos

Seguindo conselhos alheios, vou passar a ter um novo ponto de vista sobre as coisas. Pois bem, de fato eu tenho ódio dessa estação, essa tal estação que eles chamam de outono. Mas convenhamos, BH não tem estações definidas mais, isso é coisa do passado, parece até que é tudo uma estação só que se inicia em 1° de janeiro e termina em 31 de dezembro. Enfim, é tudo a mesma porcaria, o mesmo calor, o mesmo sol fritando nossas cabeças.

Mas voltando centro deste post, o que eu quero dizer é que vou tentar não odiar tanto esse tal de outono neste ano de 2007, haja vista que sempre tive um repúdio enorme por essa estação. Senão vejamos, olha o quanto é estranho: Faz um sol de lascar, mas ele não esquenta nada, mesmo com o sol, o tempo continua frio. Isso me irrita muito, esse falso frio do outono. Não me engana mais. Mas vou tentar ser mais tolerante.

Acho que meu problema com o outono não é climático, deve ter alguma coisa intrínseca nisso, deve não, de fato há!

Prefiro por muito os meses subseqüentes ao meio do ano, em outras palavras, sou mais o segundo semestre mesmo! Essa coisa de primeiro semestre não ta com nada, parece que são seis meses de “começo” de ano, e ele só começa mesmo no segundo semestre.
Eu sou assim.

terça-feira, abril 10, 2007

Sexo, palestras e rock and roll...

Pois bem, há algum tempo sem postar em virtude do Emed 2007, como este é meu último semestre na faculdade resolvi embarcar nessas aventuras de encontros de estudantes. Enfim, havia levado toda a faculdade muito a sério e nem pensava em participar dessas coisas, mas agora por ser o último ano, em tom de nostalgia, participei.

O que falar sobre isso tudo? Das palestras? Das oficinas? Não! Nada disso! O que realmente imperou foi a curtição do povo. Sinceramente, eu pensava que esse povo que faz comunicação e coisas do gênero é quem sempre faziam as maiores bagunças. Errado! O povo de direito fez uma bagunça das grandes naquela cidade de Pouso Alegre. Confesso que eu nunca havia visto um encontro com tanta gente maluca assim na minha vida. Parabéns aos estudantes de direito de toda Minas Gerais! Hahahha

É desta forma que vamos dignificar ainda mais nossa profissão. Mas chega de pagação de pau! Deixa o povo curtir, quem pensava no futuro por lá pensava onde comprar uma cerveja mais barata, após esgotar seu estoque! Ahaaahah

O que aconteceu foram festas durante todo o tempo, no alojamento que se localizava numa escola municipal, vendia-se até mesmo cerveja. Ou seja, era tudo escancaradamente liberado, tipo...Bogotá...

É cada maluco que me aparece nesse caminho...A exemplo cito o maluco de Ituiutaba, que se parecia com o Kurt Cobain, ressalto, em todos os sentidos. Para vocês terem uma idéia, o camaradinha estava tão, mas tão alucinado que estava pensando que iríamos roubar o seu rim! Isso é só um dos casos. Pra falar verdade, acho uma chatice ficar contando casos sobre isso, é simples, quem estava por lá viu, riu e curtiu. Apenas isso.

Para quem já participou de boas bagunças tudo isso pode soar como repetição. E é verdade, nada muda, apenas os personagens desses episódios.

Em suma, a cidade está de parabéns, o encontro também, muita gente bonita, inclusive o próprio povo de Pouso Alegre. Surpreendeu.

Agora o que me resta é voltar e continuar meu “projeto formatura”. Here we go!

quarta-feira, abril 04, 2007

Conversas noturnas - PARTE II


-E ai? O que você acha da gente?

-Como assim “da gente”?

-Ahhh...Você entendeu, não finge de bobo!

-Não! Não entendi nada, isso pode ser muita coisa. Tem como você ser um pouco mais clara, pelo menos uma vez na vida?!

-Ihh...Já tá de mau humor? Acho melhor deixar pra lá então...

-Não! Agora você vai ter que falar! Senão nem vou conseguir dormir hoje!!!

-Exagerado...

-Acho que entendo o que você quis me dizer, você quer saber o que eu estou achando de nós dois, desse nosso tempo juntos e blá, blá blá... É isso, não é?

-“blá, blá, blá”???

-...

-É, é por aí, sabia que você ia sacar de primeira, mas ia tentar me enrolar! Isso é típico de você! Hehehhe

-Mas que absurdo, não sou assim não! haha

-Ahh...Nem vem, é sim! Você sabe!

-Tá bom, aceito críticas vindas de você. Mas aqui, o que você quer saber exatamente sobre isso?

-Quero saber o que você está achando e como você está se sentindo, e se você vê futuro nisso tudo.

- Karaka! Cheia de perguntinhas difíceis hoje, hein?! Ainda por cima me pega de surpresa...Nem tem como eu pensar direitinho sobre isso, mas eu posso te dizer que tá bacana, to curtindo isso tudo.

-Mais uma resposta evasiva.

-Mas o que você quer ouvir de mim??? Quer que eu use daquelas frases feitas do tipo “Olha só, to gostando da minha vida do jeito que ela está...”?

-Mas foi exatamente o que você respondeu só que em outras palavras.

-É! Mas também não é uma verdade, a verdade é que eu não sei se estou querendo essas coisas mais serias agora, to numa dúvida muito grande. Não quero nada serio, mas também não quero ficar sozinho. Será que você entenderia isso?

-Olha só, ta vendo como você complica as coisas?!

-É...Acho que eu tenho esse dom.

-Hahahah...Bobo! Pessoas mudam!

segunda-feira, abril 02, 2007

Reflexos de um fds

É...É verdade que esses fins de semana mostram muita coisa para muita gente, isso deve ocorrer pelo fato de todo mundo buscar se desvincular das atividades exercidas durante a semana e fazer coisas mais agradáveis e divertidas.

Mas não é bem assim, né? Após mais um desses fins de semana um amigo meu me conta sobre o que ele havia feito! Karaka! Nunca vi um cara fazer tanta merda em tão pouco tempo! Hahahah

Quando isso envolve uma garota a coisa se complica ainda mais! E foi o que ocorreu com o camarada, ele conseguiu ferrar com tudo, fazendo exatamente TUDO DE ERRADO. Bom, depois disso, a única coisa que eu poderia falar com ele é que ele tem 50% de chances de reverter a situação...Assim como ela tem 50% de probabilidade de continuar com raiva da cara dele.

Ahh...Isso depende muito da técnica de defesa que ele for utilizar. É necessário conhecer bem o “adversário” para tocar nos pontos fracos e nos pontos em que ela é mais sensível. Porém senhores, isso não basta.

Na verdade, o que eu estava tentando explicar para ele é que nem sempre ele vai poder fazer todas as merdas e depois consertar tudo, estabelecendo o status quo ante. Na verdade, o que todo mundo precisa entender um dia é nós não temos o controle sobre todas as coisa mundo, quiçá sobre as pessoas.

quarta-feira, março 28, 2007

Só para ilustrar

Pela falta de tempo nos últimos dias, provas, compromissos sociais, culturais, afetivos, dentre outros; não encontrei muita coisa de interessante na minha cabeça para postar aqui.
Desta forma, fica uma musica do Cazuza, que, por fim, ilustra muita situação na nossa vida, não?

É isso!

O Nosso Amor a Gente Inventa

"O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor a gente inventa, inventa
O nosso amor a gente inventa, inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora do lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma estória romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu "

quinta-feira, março 22, 2007

Olha a confusão!

Tem coisas que acontecem e a gente nem acredita! Hahahhaha

Mas como eu digo, se fosse diferente não seria minha vida....

Pooo...Se engraçar com essas meninas que tem namorado não é uma coisa bacana per si, ainda mais quando garota é uma menina maluquinha, daquelas difíceis de lidar, é a receita completa para surgir uma série de fatores para complicar o meio de campo das coisas; pois bem, foi o que ocorreu num desses dias.

Bom, tenho que resumir porque a história é complexa e longa. Okay, ela me passou o telefone, numa dessas maluquices que se faz quando está num ambiente tumultuado e tals, tanto que o fez num guardanapo de papel, desses comuns e vagabundos que a gente acha qualquer ambiente pouco salubre.

Daí, com o numero em mãos, logo passei para o celular e fiquei de posse do mesmo. Mas nem me interessei, em prima face, em ligar, eis que a semana estava um pouco tumultuada e eu cheio de planos...

Eis que em pleno churrasco, meu celular começar a me chamar, era a dita cuja querendo dar as caras por lá. Até que seria interessante, mas foi ficando tarde, tarde, tarde... Enfim, a garota aparece para um churrasco que começou às 14h, às 22h! ahhahaha

Depois, no decorrer da semana, resolvo enviar uma msg no numero que ela havia me passado naquele nefasto guardanapo, para ver como andam as coisas e todo aquele charme masculino...hahahha

Dois minutos depois meu celular toca e uma voz masculina diz assim:

-Quem ta falando?

-Gustavo!

-Ah tá.

E desliga na cara, confesso a vocês que eu havia previsto alguma coisa do tipo! Na hora comecei a rir e não acreditava, minha cabeça pipocava! Até que meu celular toca novamente e é a garota desesperada falando que eu mandei a msg para o celular do namorado dela! Hahahahha

É mole? A única diferença nos números é de apenas UM ALGARISMO! Eis que ambos compraram juntos os aparelhos...

Karaka! Numa boa! A culpa não é minha! Não quero ferrar ninguém! Você quem me passou o numero errado, e eu distraído nem notei a diferença dele para o numero que você me ligava!

Um aviso: fiquem longe de mim! hehehhe


segunda-feira, março 19, 2007

A retomada.

Porra! É no mínimo engraçado essa nossa passagem pela Terra...

Há pouco tempo eu já estava com a cabeça tão somente sob a filosofia daquela antiga postagem “E quando você menos espera... Nada acontece!”. Essa coisa toda de ficar somente esperando e não fazer nada para mudar nada, finalmente não resulta em NADA, claro, depois de tanto nada não poderia resultar em alguma coisa que não em um monte de nada.

Arrrgghhhhhhhhh....Que confusão!

O mais bacana disso tudo são as coisas que a gente acaba refletindo nesse meio tempo de certa introspecção exacerbada. Pooo...Dá pra tirar muito proveito de muita coisa, por incrível que isso pareça.

Uma delas vem do fato de correr em busca das coisas. Isso é uma máxima. Mas deve ser analisada com certa frieza em alguns momentos, e, com muita emoção em outros. Resultado? Conflito entre razão e emoção! Mas isso faz parte da vida, ora! Conflitos de toda espécie fazem parte da vida, a gente adquire mais sapiência quando lida com algumas situações inusitadas.

E acaba descobrindo o quanto de tempestade podemos fazer em simples copos de água, e podemos descobrir o universo que se esconde, por muitas vezes, por trás de um cenário cinza criado por nós mesmos ( like a some blues...).

Poooo...Se você não quiser se levantar, é mais fácil ficar no chão, deitado, sentado ( e pode ter certeza que tem um monte de gente torcendo pra te ver desse jeito!); ficar de pé é mais complicado. É complicado porque é ameaçador, ou seja, as pessoas têm medo.

Enfim, quando vou me sentar novamente? Vai bater de frente?
Bom, um pouco de Dead Fish para ilustrar...hahaahahha
"Quando eu cai e beijei o chão
Vi em seus olhos algum
Brilho de prazer
Rastejei por algum tempo
Entenda isso foi muito
Bom pra mim!
Pude encarar minhasVerdades....
De frente pude ver
O quanto posso errar,
Falhar e ver que pode ser muito natural
Você é covarde demais!
Pra entender
O quanto é intenso!
Sei o que é o fel e o mel
Ao contrario do que pensaVocê!
(...)
Já provei do seu sangue em
Minha face
A dor já faz parte do total"

quarta-feira, março 14, 2007

O precisar...

“Para onde vai a minha vida, e quem a leva?
Por que faço eu sempre o que não queria?
Que destino contínuo se passa em mim na treva?
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?

O meu destino tem um sentido e tem um jeito,
A minha vida segue uma rota e uma escala,
Mas o consciente de mim é o esboço imperfeito
Daquilo que faço e que sou; não me iguala.

Não me compreendo nem no que, compreendo, faço.
Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim.
É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço.
Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.

Quem sou, senhor, na tua treva e no teu fumo?
Além da minha alma, que outra alma há na minha?
Porque me destes o sentimento de um rumo,
Se o rumo que busco não busco, se em mim nada caminha.

Se não com um uso não meu dos meus passos, senão
Como um destino escondido de mim nos meus atos?
Para que sou consciente se a consciência é uma ilusão?
Quem sou eu entre quê e os fatos?

Fechai-me os olhos, toldai-me a vista da alma!
Ó ilusões! Se eu nada sei de mim e da vida,
Ao menos goze esse nada, sem fé, mas com calma,
Ao menos durma viver, como uma praia esquecida...”

*Fernando Pessoa



sexta-feira, março 09, 2007

Conversas noturnas - PARTE I

-Cara, andei pensando hoje, to do saco cheio desse lance de pós-modernidade e tals...

-hahahaha....De saco cheio desse lance de pós-modernidade? Como assim?

-Pois é. Essa coisa toda de ficar criticando tudo, de tentar achar um erro pra tudo, e mais um monte de coisas do tipo...

-Entendi. Mas o que isso tudo tem a ver com “pós-modernidade”?

-Sei lá! Essa coisa toda de tentar ser moderno, de ficar sempre buscando justificativas para legitimar seus atos e coisas do tipo.

-Te confesso que não to entendendo nada. Pra falar verdade, não acho que isso tenha algo a ver com pós-modernidade...

-Ahhh...Que seja! Não importa, é apenas um nome que eu estou dando pra essa palhaçada toda.

-“Palhaçada”? Isso é a vida, meu caro...

-Tudo bem, então é tudo uma grande palhaçada.

-Olha, você não pode pensar assim, se ficar nessa, vai acabar negativando um monte de coisas na sua vida.

-É, eu sei.

-Não parece.

-Pooo. Pensa comigo, a gente passa grande parte da vida fazendo as coisas para os outros e no final das contas a gente se esquece de fazer as coisas por nós mesmos...

-Não é bem assim, a gente faz várias coisas pra gente sim. Ou será que você está sentado aqui por algum motivo alheio à sua vontade?

-Não sei. Talvez. É o mal de ter que criticar e buscar sentido para as nossas condutas.

-Olha, eu já to bêbado, e você também deve estar...Olha o nosso papo, porra! Hehehe

-É....Eu devo estar mesmo, aliás, eu estouuuu, porra!!!

-Okay, vamos pagar logo essa conta e dar linha daqui, porque hoje não sexta e nem sábado, e muito menos um feriado qualquer...

-Tá certo. Deixa isso pra outro dia...

-Hehehehe...O velho bordão...Tava sentindo falta dessa sua frase!

-Não fóde.

quinta-feira, março 08, 2007

Sofia

Bom, não poderia deixar de prestar uma homenagem à Sofia!!! Aliás, eu já deveria ter feito isso há muito tempo...

"Diz que não é tarde
Diz que não vai começar a dizer que já vai
Comece uma frase e eu te digo outra vez mais:"Tudo bem... Tanto faz..."

Diz pra mim que vais estar lá
sempre pra me segurar, se eu deixar que,me atires rumo ao céu
Me diz, que eu vou acreditar e nem vou pensar se me chamar pra fugir contigo outra vez
não vou pensar se amanhã a certeza será talvez.

Há tanto medo agora que vamos ver o que restou
após a tempestade...Tanto se fez perder...
E é tão errado escolher o deserto pra ancorar nossas pernas.

Não permitas que a solidão me seja o fim ao gritar por teu nome.
Diz que eu vou guardar-te sempre em meu rosto este mesmo olhar e nem vou pensar se me chamar pra fugir contigo outra vez não vou pensar se amanhãa certeza será talvez.

Comece uma frase Sofia, qual aquelas que acendiam estrelas
Me deixa uma vez mais encantado pela voz que vence madrugadas.
Ah, sofrer em teus braços seria o meu prazer e viver em mil pedaços seria tudo pra mim..."

terça-feira, março 06, 2007

Satisfação Maldosa

“É importantantíssimo. Diz coisas importantes. Tem amigos importantes (...) Considera-se indispensável, É indispensável. O enterro será amanhã, às 14h30...”

terça-feira, fevereiro 27, 2007

"O grande mentecapto"

Olha só aquele sujeito, parece um ser incompleto, inacabado e que passa a vida a espera de algo. Até parece que leva a vida de uma forma provisória, como se estivesse esperando por algum grande advento.

Parece que ele gasta muito tempo pensando sobre isso, poderíamos chamá-lo de um “romântico-idealizador”, onde o que parece importar é passar pela dor da ansiedade da busca, e não realmente alcançar o objetivo.

Todos olham para ele e não entendem o porquê daquilo tudo. Alguns até pensam que ele não busca absolutamente nada, tão somente quer se passar por um insano em meio essa tempestade mundana; já outros vêem com outros olhos, acham que ele se tortura demais pelas coisas e até o aconselham a levar a vida de uma forma mais simples, tal como faz a maioria. Mas, pelo visto, ele não faz muita questão de dar ouvidos aos outros.

É que ele construiu uma realidade tão sólida na sua mente que ficou quase impossível abandoná-la, ele já havia a incorporado à sua personalidade.

Seu passatempo principal era sorrir para os outros, dessa forma não teria que ouvir perguntas as quais não teria a menor vontade de respondê-las. E dessa forma, ele conseguia enganar algumas pessoas, outras não. Essas outras ele até que conversava pois tinham algum vínculo de confiança e ele sabia até onde poderia ir em determinados assuntos.

Ele havia mudado bastante nesses últimos tempos, parecia não se importar muito com as coisas e sempre arrumava as desculpas mais esfarrapadas do mundo para poder adiar suas decisões, e o fazia com maestria.

Convenhamos que ele nunca fora um dos mais otimistas, seus pensamentos nem sempre eram dos mais positivos, mudava de idéia como mudava de roupa, de fato era um ser inconstante. E, mesmo assim, não se preocupava em dar ouvidos às pessoas a quem realmente deveria, agia como se estivesse entregue às adversidades da vida, digo, parecia.

Enquanto não aparecia ninguém capaz de pará-lo, ele vinha gastando sua vida de várias formas, sem se importar, sendo egoísta ao extremo, como se estivesse esperando algo ou alguém.

Após um período de semi-reflexão, ele se olha no espelho e tem uma visão surreal: cabelos grandes, barba por fazer e pesadas olheiras. E percebe que antes ele nunca havia se importado com isso, ou mesmo até se importava, mas não o bastante para poder buscar uma mudança substancial; porém, agora parecia diferente, ele conseguiu enxergar uma das coisas mais importantes da sua vida:

Que ele havia perdido o principal amor da sua vida, o amor a si mesmo...

Fim de noite...

-Ei maluco, queria tanto entender os seres humanos...

-Como?

-Ah, ao menos saber o que se passa na cabeça deles e tals.

-Uai! Mas você é um extraterrestre?

-Sou humano, mas não estou falando de mim. To falando dos outros.

-E qual é a diferença?

-Várias, muitas, muitas diferenças mesmo, você nunca reparou?

-Cara, na boa, juro que não...

-Pior que tem, quer ver?

-Manda!

-Essa obsessão por buscar um amor, uma família e coisas desse tipo. Eu não tenho isso.

-Claro que tem, todo mundo tem!

-Não, eu não. Não passo minha vida inteira procurando coisas perfeitas e harmônicas como o amor.

-E os outros passam?

-Claro! Já viu alguém falar que não está a procura de alguém, namorada ou namorado?

-É verdade...Mas você não acha estranho ser assim?

-Assim como?

-Sei lá...Não querer ter ninguém do teu lado, você fica numa boa mesmo?

-Fico, tô te falando uai!

-Então ta. Esse é um ponto. Em que mais você acha que se difere dos outros?

-Humm...Eu também não me contento com as coisas assim que nem os outros, to chegando a conclusão que eu não gosto de nada mesmo. Pô, outro dia mesmo eu tava fazendo a maior força para listar CINCO coisas que eu gosto. Posso até ter achado algumas coisas, mas nada de interessante.

-Ah, mas você gosta de alguma coisa ao menos, não é tão ruim assim também né?!
-Ah, mas pode ter certeza que não é como a dos outros, eles ficam contentes com muito menos, e por muito mais coisas...

-Olha, sua filosofia é muito esquisita.

-A minha? Hahahhahahha Claro que não. A dos outros é que é.

-“A” dos outros? E por acaso é uma só para todo mundo?

-É! O pensamento humano é muito limitado, age de acordo com a maioria mesmo...

-Pára de viajar, qual é essa filosofia então?

-Ah...Esquece, deixa disso e vamos sair fora daqui.

-Mas pra onde?

-Sei lá...A cidade ta pegando fogo, vamos ver gente, divertir e tals...

-Por que isso agora?

-Para me sentir mais humano, só isso.