segunda-feira, julho 30, 2007

Conversas noturnas - PARTE III

-Oi! Tudo bem? Como vai?

-Olá! Tudo certinho e contigo?

-To bem! Eu te vi aquele dia na festa, ta lembrado?

-Hummm! Claro que sim, até acenei para você...

-É, eu lembro, mas...Ah! Deixa!

-Deixa nada, agora me diz!

-Por que você não foi até mim? Nem mesmo pra dizer um “oi”. Só um aceno de mão...

-Ué, mas o que você queria? Que eu fosse lá e cuidasse da sua vida?

-Não, na verdade eu não sei, é estranho.

-Não to vendo nada de estranho nisso, a não ser você mesma.

-(...)

-Se fazia tanta questão assim, devia ter ido até mim então. Ta vendo? É efêmero.

-Não sei!

-Olha só, eu acho melhor assim, vamos continuar nessa “impessoalidade” mesmo, é mais confortável...

-Você acha? Ta pensando assim?

-Acho sim.

-(...)

-Pois é, preciso ir resolver umas coisinhas. Depois a gente se fala mais. Beijo.

-Tchau!

sexta-feira, julho 27, 2007

Over-dose

Há uns dias estive vagando pelo interior, lá onde nem mesmo há sinal de celular. Gostei dessa idéia, ficar sem celular é uma benção! Pra falar verdade eu gostei tanto de idéia que quando cheguei a BH nem mesmo me importei em ligar o maldito aparelho, e assim ficou desligado por uns dias...

Essa nossa pós-modernidade tem surtido alguns reflexos negativos em minha mente, um deles é o que foi intitulado por mim de “Overdose de Comunicação” me atingiu brutalmente. O que seria a “Overdose de Comunicação”?

Pois bem, por muito tempo os meios de comunicação vem se aprimorando cada vez mais, ganhando a cada dia mais espaço no mercado e no cotidiano dos simples mortais. Todos entram nessa onda de comunicação rápida, intensa, facilitada. Mas isso gera conseqüências no mínimo desagradáveis.

Essa coisa toda de ficar envolvido na comunicação extra rápida do MSN, chegando ao cúmulo de conversar com oito pessoas ao mesmo tempo, com o celular ao lado, podendo tocar a toda e qualquer hora... É bem verdade que no início não incomoda muito, a irritação vai chegando aos poucos, e torna-se desgastante ao final, na sua fase crítica.

A evolução dos meios de comunicação veio para ajudar, mas, do jeito que estamos utilizando-as não cumprirá seu objetivo. Você precisa de conversar no MSN, olhar teu e-mail, ficar atento ao Orkut, atender o celular, seu telefone fixo, e atentar-se sempre para as notícias (e toda aquela coisa da cultura do you must!). Isso tudo é desgastante e degradante à mente.

O mal maior é que se cria uma ansiedade ou mesmo expectativa nisso tudo, tanto que chega o dia que o seu celular não toca, você não é chamado para conversas no MSN, e esquecem de você no Orkut, você se sentirá rejeitado.

Culpa sua, você quem criou essa dependência, e tornou-se um escravo de tudo isso.

Por isso digo que não tenho o menor problema em fugir, sumir, entrar offline, desligar o celular sempre em que achar conveniente para mim. Não quero sofrer de Overdose!

Enfim, EU SUMO.

-Pooo...Você anda sumido!

-É verdade, ando sim!

Ou então...

-Cadê você?! To com saudades!

-Eu sumi né?

quarta-feira, julho 18, 2007

Astrologia barata

Sou de libra, sou a balança. Dizem sobre sua estabilidade, dos cuidados para com os valores e o equilíbrio entre os opostos. É onde se enxerga a realidade no zodíaco. O caminho a ser seguido, que vem depois de experiências drásticas, onde se pode caminhar sobre o fio na navalha entre os signos. Ou vive em reflexão estática ou se insensibiliza com tudo. Dizem que esta balança tende a viver uma vida de estabilização, deixando para o próximo signo determinar a inclinação dos pratos da balança...
Por outro lado...

Também sou um bode, o cabra, como um unicórnio “a besta que luta e triunfa!”; capricórnio. Eivado de mistérios, onde se busca sua estabilidade e sustento nos lugares mais tortuosos e estranhos em que se pode imaginar. Subindo aos topos da ambição humana, egoísta que busca satisfazer sua ambição, custe o que custar, custe quem custar.

sexta-feira, julho 13, 2007

Rock n' Roll all night - sexta feira 13

Definitivamente uma data como a de hoje merece um post. Afinal, hoje é o dia mundial do ROCK N‘ ROLL.

Esse camaradinha tem um papel muito importante na minha vida, pois, de alguma forma ajudou a construir ou mesmo des-construir minha vida! Hahahaha. Mas tá bom, é isso mesmo, sempre foi legal ficar na sua companhia.

Fato é que eu sempre recorri a ele nos melhores e nos piores momentos da vida. Admito que ele possua algumas variações humor, ou seja, ele tem sim algumas vertentes, a exemplo cito uma bem nervosa e agitada que é conhecida como o Punk, tocado pelos Sex Pistols, Ramones, Bad Religion. Tem um bem próximo também, chamado de Hard Core, tocado pelo Dead Fish, Offsprig e NOFX e cia. ltda. Tem um temperamento clássico também, pelo qual se fez ser conhecido ao longo do universo, com alguns representantes de muito peso como os Rolling Stones, The Who e The Doors, dentre outros de igual importância. Ele se revela, por muitas vezes, sob uma forma nostálgica e triste, conhecida como Blues, com solos magníficos de guitarra e musicalidade ímpar.
Não posso me esquecer de forma alguma do REI, o único REI que existiu...SALVE ELVIS PRESLEY!

Se eu fosse fica por aqui citando todas suas vertentes ou variações de humor, caso queira personificá-lo, gastaria grande parte do meu dia para escrever e do teu tempo para ler. Não sou comentarista musical.

Sempre me lembro de andar com meu MP3 carregado de música desse tipo que citei acima. Cada momento da minha vida tem uma especialidade na música, cada música representa alguma coisa na minha vida. Quando acordo com muito mau humor ou com muita preguiça, gosto de ouvir uma coisa bem agressiva e pesada, assim crio um pouco de coragem para levar o dia.

Às vezes acordo de boa, daí mereço ouvir uma coisa mais serena, algo como um jazz, blues ou coisa do tipo...Às vezes nada disso faz sentido e acabou ouvindo qualquer coisa, sempre acaba mudando também. Enfim, ele era sempre quem estava e está ao meu lado nos melhores e nos piores momentos, pelo bem ou pelo mal! Assim como eu, personalidade dupla! hahahha

Certo é que desde a primeira vez que ouvi o Nirvana, isso deve ter sido por meados de 1995/96, foi uma porrada na cara, de lá pra cá não consegui mais parar de ouvir essa cachaça que é o rock and roll, aquilo havia sido apenas a porta de entrada para várias excepcionais bandas que eu descobri e ainda vivo descobrindo.

Enfim, obrigado por existir!
Ps. Alguém acha que faltou alguma coisa, alguma banda, enfim, ficou alguma coisa de fora? hehehe. Pra quem me conhece, sabe que existe algum ou alguns erros cometidos intencionalmente!

quinta-feira, julho 12, 2007

Reflexões de outono

Já era tarde quando deu por si de que estava completamente só naquele ambiente, isso se deu por conta de que nem mesmo se importava com isso. Afinal, havia de fato se acostumado com a sua própria companhia, como todo egoísta, ele gostava muito de desfrutar do tempo acompanhado de si mesmo. Nunca lhe pareceu ser tão bom estar por ali sozinho.

É bem verdade que os últimos acontecimentos não o encorajavam muito, mas, na verdade, não era hora e nem momento de ficar pensando nessas coisas. A pauta era outra. Tinha que fazer alguma coisa por si mesmo, e, de fato, já estava fazendo. Resolvera sair sozinho para conversar consigo mesmo e ver um pouco do hábito humano. Talvez essa fosse sua forma de se julgar superior aos outros, quando, na verdade, é comum como todos...

A noite estava agradável, não fazia questão de nenhuma companhia. Estava se acostumando com isso e achava legal. Dispensara instrumentos que antes lhe tiravam a paciência, resolveu fazer as coisas para ele mesmo. Não se trata de egocentrismo, mas, pode ser uma questão de egoísmo. E viu que não precisava mais dar satisfações sobre as coisas que fazia e lugares para onde ia. Devia satisfações somente a si mesmo, mas ele não as cobrava.

Mesmo com algumas dificuldades, conseguiu se impor na vida. Tinha um prognóstico de futuro bastante atraente. Tinha alguns amigos, mesmo que pingados, mas eram fiéis. Isso era o que importava. Era uma pessoa que já havia brigado muito e por muitas coisas, mas agora conseguia enxergar que essa não era a melhor forma. Mas, tinha uma forma peculiar de brigar pelas coisas, tudo ao seu jeito. Muitas vezes exagerado e emotivo, e outras com alguma racionalidade. Ambas sempre o levaram ao mesmo lugar no fim das contas. Assim é a vida.

Com todos esses pensamentos em mente, o tempo corria, e ele nem mesmo notava isso. Deu mais uma olhada à sua volta e viu muita animação. Tá certo que não pactuava desta com aqueles, mas fazia um papel coadjuvante nisso tudo, não se importava muito com isso, pois, sabia que na verdade sua mais relevante questão dizia respeito a si mesmo.

Olhou para a rua e viu um grandioso fluxo de carros, tudo nos conformes para um sábado à noite. Refletiu para onde iriam essas pessoas, o que elas buscavam, e o que afinal estavam querendo. Será que aquele sábado faria parte de suas vidas ou seria apenas uma “quebra de ritmo” na vida? Não se sabe ao certo, certo é que ele já havia ido para vários lugares também, e agora, estava parado consigo mesmo. Pode ocorrer isso com eles também.

Acabou por concluir que o mundo se manteve em completo estado de movimentação, a vida fora tocada para frente por parte de todos enquanto ele esteve imerso em suas próprias complicações e prolixidades.
Restava a ele pegar o ritmo dela.

terça-feira, julho 10, 2007

Pragmático

E num determinado momento da noite, ela olha para ele e diz, num tom de voz bem baixo, como aquele que se usa quando se quer pedir alguma coisa bem complicada:

-Sabe...Eu queria muito ter uma idéia do que faço quando você me olha desse jeito.

E ele continuou a olhá-la, como se ela não tivesse falado nada, apenas se destinava a acariciar seus cabelos. Novamente ela quer tirar o seu silêncio e diz:

-Porque você continua desse jeito? Não tem nada pra dizer?

Ele resolve falar alguma coisa, resolvera quebrar o silêncio. Ao menos dessa vez, em que ele teve algum tempo para pensar o que poderia dizer a ela:

-É que eu tenho uma certeza, a certeza de que quando o tiver você, vou te perder de vez e perdendo você, eu posso acabar me perdendo também.

Ela surpresa com a resposta lhe lança mais uma indagação:

-E não terá valido o risco?

Ele volta a ficar calado, dessa vez pensa por algum tempo, mas não chega a dizer nada para ela, apenas pensa consigo mesmo: Confesso que eu não sei.

sexta-feira, julho 06, 2007

Pois é

E foi em meio àquele silêncio que teimava em não dizer mais nada... Eu sempre achei que o dia em que não conseguíssemos dizer mais nada seria porque tudo já estava dito, porém, vi que estava totalmente enganado. Você olhava para o nada como que do nada fosse saltar-lhe perguntas que você deveria fazer para mim, e eu, eu olhava para você esperando algo maior do que um suspiro de tristeza. De fato, já estávamos muito distante um do outro, isso era certo. Hoje vejo. Caminhávamos sem saber a direção que tínhamos que ir.

E, pra falar verdade, já não sentia tanta vontade de lhe dar um abraço ou mesmo olhar para os seus olhos e procurar aquele brilho que existia de quando nos conhecemos... Parafraseando Cazuza “te ver não é mais tão bacana, quanto a semana passada...”. Eu era bastante inocente, perdido em suas vontades e você esperava de mim muito além do que eu poderia lhe oferecer. Eu tinha algum medo, não sabia lidar com minhas emoções, cheio de incertezas, dúvidas, ainda mais quando me via obrigado a decidir, e olha que eu nem sabia que decisão seria esta.

Se as palavras ainda existissem dentro de cada um de nós, elas se foram, pelo vento, levadas para o passado. Eis que ficaram muito distantes diante de todo o turbilhão que se estabeleceu. Agora, temos palavras e solidões passadas, em que cada um construiu para si isso.

Enfim, deixar você (s) partir (em) talvez não tenha sido tão mau assim, às vezes penso que poderia ter sido melhor eu sair. Mas, é complicado, sempre é complicado decidir o que não se sabe ao certo.
Não brigo mais por causa disso, hoje, durmo tranquilo.

"Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi"


terça-feira, julho 03, 2007

Suja a roupa, mas lava a alma

Dedicado a um amigo...
Nesses dias mais vazios parece que você está ao meu lado, por óbvio que não deveria ser assim, mas é simples também, eu não consigo evitar. Pode até ser besteira se olharmos que eu nunca tive você de fato. Mas essa sensação de abandono me invade.

É tudo muito estranho, esse céu cinzento me lembra você, a chuva caindo me lembra você. Mas por aqui não há nada além de mim. Fico vagando por aí, sem rumo, sem vontade, me perguntando se há algo de novo por aí, e será que ainda há? As coisas perderam o sentido desde o dia em que você se foi, sem que eu pudesse sequer evitar. Não estava ao meu alcance.

Mas, agora, vivo com algumas pequenas perspectivas. E, te juro, que se você lesse isso me daria uma tapa no braço e me chamaria de bobo. Mas você não vai mais fazer isso, não é? Estranho, sinto falta até disso. E olha que você sempre achou que o mundo era pequeno demais para nós dois, curioso, o mundo foi pequeno demais para você, que me deixou e deixou essas incertezas que não se calam.

E, por seu egoísmo, você levou meu mundo. Agora convivo com essa sombra que me impede de seguir em frente, mesmo depois de tanto tempo. Eu sei que você pode até não ter imaginado que seria assim, se é que você se importava com isso... Se você visse como sigo agora, talvez, teria se arrependido de ter feito isso. Agora é tarde, tarde mesmo.

Enfim, eu costumava a não me importar com dias de chuva, mas hoje, mais do nunca, eu odeio você.