quarta-feira, junho 17, 2009

Conto de uma refeição

Caminhou o rapaz em busca de sua refeição.
Chegando ao estabelecimento de alimentos, sem pressa, pegou o prato acompanhado dos talheres devidamente embrulhados e cuidadosamente enrolados num guardanapo, com um saco plástico. Higiene, ainda que meramente visual é agradável...
Não havia muito tempo que fazia sua refeição por lá. De certo, não é complicado agradá-lo. Tem lá suas peculiaridades e escolhas aliementares, mas nada que fuja ao padrão comum.
Olhou o que havia a ser oferecido, e foi se servindo. Seu prato em pouco alternava. Fazia sempre as mesmas opções; digamos sê-lo um conservador dos alimentos. Alimentos, apenas?
Não costumava muito olhar para as saladas, pensava em sua mente: "Sabe-se lá se isso foi devidamente lavado, quiçá fora lavado... Melhor não me arriscar! Tenho meus meios de ferrar com minha saúde que não com hortaliças".
Sentou, desenrolou os talheres, um pouco de sal na batata. Começou a se alimentar.
E, no meio do procedimento fora surpreendido...
É que no meio do feijão havia uma pedra...Havia uma pedra no meio do feijão.
Sorte de ter dentes fortes, não sentiram muito o abalo causado pela minúscula e nefasta pedra do feijão. Fora brevemente localizada e colocada em quarentena numa parte do prato. O dente estava intacto.
Talvez da próxima vez irá comer com alguma cautela, talvez.

Um comentário:

Eric Bustamante disse...

Rsrs. “Havia uma pedra no meio do caminho”. No meio do caminho entre o prato e o “estambo”.