quarta-feira, abril 14, 2010

A verdade chocante


Nada anormal, tenho buscado alguma forma de conseguir canalizar alguns tormentos que me são peculiares e teimam em me fazer companhia. Certo que ao longo de algum tempo consegui achar algumas coisas que me ajudam a expulsar um pouco daquilo que me corrói por dentro e me faz pior por fora.

Com isso, meu poder de fogo tende a crescer. Eu já achava que estava diminuindo bastante e isso chegou a me preocupar, bastante... Preocupar e refletir sobre condutas e sobre atos e pensamentos que permeavam minha mente há uns tempos é o que tenho feito e tentando também achar alguma saída.

Não sei a resposta, ainda. Aliás, essa conjunção do não saber me assombra de forma contundente. E que, por muitas vezes me joga contra a parede e me espanca. No boxe, você tem que bater para não cair, tem que bater para não levar porrada e se cair, tem que levantar senão vai continuar tomando porrada. É assim. Odeio analogias de livros de autoajuda, mas essa eu achei interessante. Meu tato para violência está mais aguçado do que nunca.

É aquela velha história de você ter que conviver com as suas escolhas, mas o problema fica por conta de quando você não fez todas as suas escolhas por livre vontade. Pode até ser devaneio de gente doida, mas acho que pode ter alguma coisa de real nisso.

Tem muito a ver com a verdade chocante. É aquela que ninguém que ouvir, pensar e nem mesmo falar. É a verdade que choca.

Até penso que as dores e sofrimentos do homem podem ser canalizados em força e algo benevolente através da filosofia, mas isso exige um nível de compreensão e percepção metafísico. Como atingir esse estado?

Na minha onda de leituras mais pesadas, achei um livro interessante também, chamado: O Demônio do meio dia”, ad argumentandum tantum: “O 'demônio do meio-dia' foi uma expressão utilizada na idade média tida como uma influência maléfica que provocava os erros no escritor, escultor etc… Podemos considerar o “demônio do meio-dia” como a própria melancolia, ou seja, a perda do sentido da existência; falta de explicação por uma grande perda.”

Discorrendo ainda mais sobre o tema, trago ao conhecimento de Vossas Excelências mais alguns trechos do livro supra:

Quando estão bem, alguns amam a si mesmos, alguns amam outros, alguns amam o trabalho e alguns amam Deus: qualquer uma dessas paixões pode fornecer o sentido vital de propósito que é o oposto da depressão.”

O amor nos abandona de tempos em tempos, e nós abandonamos o amor. Na depressão, a falta de significado de cada empreendimento e de cada emoção, a falta de significado da própria vida se tornam evidentes. O único sentimento que resta nesse estado despido de amor é a insignificância.”

Um comentário:

Eric Bustamante disse...

A grande verdade chocante. Na verdade, foram várias verdades chocantes expostas neste post. O livro do tal demônio do meio dia me pareceu muito interessante. Depois quero saber mais a respeito.