sábado, fevereiro 27, 2010

O que resta da vida



Felicidade. Certamente é um dos assuntos mais importantes ao longo desse buraco fundo chamado vida. É o que os poetas, músicos e filósofos tentam explicar, e claro, nós também tentamos fazê-lo.

Para o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, ela é basicamente a ausência de sofrimento de qualquer tipo e não a simples e obstinada busca pelo prazer, na qual por muitas vezes somos traídos à acreditar. Fato é que o prazer é efêmero, é de plástico, passageiro, já a dor, essa não.

Vou ao sofrimento e digo que seja algo mais duradouro e presente em todo o tempo, escondido algumas vezes nos anseios e expressões humanas (o seu emprego, o seu relacionamento, a sua arte, dentre outros).

Algumas pessoas são felizes com o trabalho delas, mas não no amor ou mesmo na vida familiar e relacionamentos inter pessoais. Já um outro grupo trabalha extremamente contrariado, e chega em casa e tem uma família que os ama. Tem também aqueles que se dão mal no trabalho, no amor então são uma negação e não conseguem manter uma relação saudável entre seus quase iguais.

Alguns se dizem felizes sozinhos. Outros ficam extremamente felizes tão somente com o sexo, já outros ainda acreditam que ganhar muito dinheiro é a solução. Para outra turma, o poder é um motivo de extrema felicidade, o simples fato de ter o poder sobre os outros.

Dessa forma, notamos que o conceito de felicidade plena é algo inatingível, pois sempre haverá algum problema em algum setor da sua vida. Acho impossível equilibrar todas essas coisas, não dá para encontrar um meio termo não...

Não me imagino jamais sendo um bom pai, um bom esposo, um bom profissional, um bom amigo, um bom filho, etc... Não dou conta de ser tudo isso ao mesmo tempo.

Não sou a pessoa mais indicada para tratar desse tema por aqui, mas por algum infortúnio do destino resolvi escrever sobre isso aqui. Aliás, será que alguém ainda lê essas coisas que eu escrevo aqui e consegue levar a serio? Duvido...

...Tento acreditar que no caminho para a busca da felicidade plena, deve-se voltar para si mesmo. Analisar sua vida com um cuidado: Você já alcançou aquilo que realmente quer ou aquilo que fizeram você querer? Tem sido sincero com você mesmo? Para onde você está indo? Por que está indo?

A pergunta crucial é: Quem sou eu?

Meu amigo, isso não se faz da noite para o dia. Ainda acredito que devemos buscar nossas paixões, me parece mais sensato para dizer a alguém...

Consegui chegar nessas conclusões pela minha experiência/vivência, por conta de alguns livros que li, alguns filmes que vi, algumas histórias que vi/ouvi.


5 comentários:

Eric Bustamante disse...

O pior é que alguém lê e leva a sério. Mas são poucos os que têm coragem de comentar um texto de tamanha profundidade. São poucos até os que entendem... Já que falou em aprender nos livros: “Quando a gente anda sempre para frente, não se pode mesmo ir muito longe”.(O pequeno príncipe de Saint Exupéry). Você está procurando no lugar errado meu amigo. A felicidade plena de que fala, não é alcançada, está no caminho. Não é a glória e sim a busca. É agora! Não quando fizer ou acontecer. Procure nos seus dias. Se não estiver lá, acredito nas suas palavras: “...Tento acreditar que no caminho para a busca da felicidade plena, deve-se voltar para si mesmo. Analisar a sua vida com cuidado...”. Eu penso que lhe falta coragem. Só isso. É fácil descobrir o que é a felicidade para você, desde que aceite que és mortal e que, por isso, ela não está no final e sim no percurso. O difícil é ter coragem para aceitar a mortalidade. Aceitar que o que não fizemos, não será feito. Que o dia perdido, já se foi, não terá volta. Que o tempo perdido nesta ou aquela coisa, já foi perdido. Que o tempo é linear e logo se esgota. Então, tentamos nos apegar a uma conquista ou outra, nos esquecendo do que nos faz felizes. É difícil largar do osso para quem já sentiu o sabor, mas a carne macia está logo ali. Para encerrar, vou de uma frase minha, que acabo de criar: Se não está feliz, nasça novamente. Se não estiver feliz, sugiro que nasça novamente, do jeito que bem entender. Abraço Gusta.

Unknown disse...

Felicidade não é o destino e sim o caminho.

Unknown disse...

Nem li o comentário do Eric, o que fiz agora, e concordo com ele plenamente.

Unknown disse...

Outro comentário sobre esta citação sua:

“...Tento acreditar que no caminho para a busca da felicidade plena, deve-se voltar para si mesmo. Analisar a sua vida com cuidado...”

Sinceramente, a verdadeira felicidade é aquela que é compartilhada.

Outra boa observação para o texto é sobre uma das maiores personalidades do país, que terá várias citações, filmes, documentários e livres lançados este ano, que é a seguinte:

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

NIKKA disse...

Não sei se é sua intenção, mas acho "graça" nos seus post, mesmo os mais sinistros. Classifico-os como: a sultil comédia da desgraça humana.
Bom comentenado esse especificamente...
Sempre tentamos desesperadamente definir, formular tudo, inclusive sensações e sentimentos. Tentamos conceituar a vida como se fosse um simples problema de matemática.
Felicidade ao meu ver é muito mais introspectivo também, concordo com você.
Ja viu qual a definição de saúde segundo o OMS? Acho que vc ja sabe, mas vou escrever caso esteja enganada: "saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de doenças!"
Diante dessas definições bizarras e fórmulas criadas para felicidade e saúde, conclui que sou uma eterna infeliz e doente! rsrs
Valeu pelo post, muito bom a reflexão.