domingo, fevereiro 07, 2010

Meu sangue


E eu não queria mais saber dessas coisas e desses papos de programação em longo prazo. Que porra, só queria viver.

E não sei de onde tiraram esse tanto de coisa de que tem que ser “assim e assado”. De novo? Para os infernos!

To ficando bambo de raiva de tanto ouvir essas coisas e tanto tentar colocar essas coisas na minha cabeça. A troco de que? E mais para o que?

Passo raiva, rasgo minha cara. Sangro de raiva. Me consumo.

Não sei mais pra onde correr, mas eu ainda tenho certeza de que é preciso correr algumas milhas daqui. Do zero, entre zero e um. Grande distância.

Não precisa ficar esperando. Ta querendo o que? Não vai acontecer se você não mudar a postura, mesmo se já estiver com a postura mudada, basta agir.

Fica se lamentando, fica sonhando, fica pensando o tempo todo em outras coisas e não consegue mover o rabo de onde está.

Vamos ver até onde dá para suportar. Quero saber até onde dá para ir sem a corda não se arrebentar.

Não precisa mais do que isso, senão, caros, vai ter que conviver com isso. Mas tudo bem, não tem problema. Favor lembrar-se quando estiver deitadinho no sarcófago de madeira, envolto de flores e algumas formigas, vestindo aquele terno horroroso comprado a preço de banana na própria funerária ou mesmo um modelo bonito que você não usava com medo de desgastar, guardava para ocasiões especiais. Oh doce ironia! - Um bom prato para os vermes, que irão fazer gosto depois de consumir um pouco das suas vísceras.

E então fica confortavelmente lá, esperando a hora de perecer. A hora de voltar de onde veio e dar chance para outro organismo vivo, muito mais vivo do que você.

Engano-vos muito bem! Obrigado!


Um comentário:

Gustavo Rodrigues S. Dias disse...

A desgrama da foto não sou eu. É outro infeliz qualquer, mas não eu!