Lembra das manhãs em que despertávamos sorrindo, rejeitando gostos e cheiros e se entregando a beijos e sexo recém-amanhecer? Lembra dos gestos, dos últimos olhares, das despedidas, das chegadas? Lembra do cheiro que minha pele tinha quando tocava a sua? Lembra da cor do meu sorriso quando via o seu?
Mas você não se lembra? Pode confessar, não vou brigar.
Você não se lembra de nada. Pergunto-me qual foi a última vez que pensou em mim. Não pergunto a você, pois temo a resposta. Creio que tenha me apagado de uma vez das suas lembranças, das suas memórias, tão cheias, feridas, tão machucadas, eu diria.
Lembra por que me amou um dia?
Lembra do que há em mim que te chamou a atenção?
Lembra, ao menos uma vez, uma última vez, do gosto do meu beijo quando beijava o teu beijo.
Hoje, sou apenas uma sombra. Refaça-me, pois hoje sou apenas um, fantasma, que quer habitar suas memórias...
Mas você não se lembra? Pode confessar, não vou brigar.
Você não se lembra de nada. Pergunto-me qual foi a última vez que pensou em mim. Não pergunto a você, pois temo a resposta. Creio que tenha me apagado de uma vez das suas lembranças, das suas memórias, tão cheias, feridas, tão machucadas, eu diria.
Lembra por que me amou um dia?
Lembra do que há em mim que te chamou a atenção?
Lembra, ao menos uma vez, uma última vez, do gosto do meu beijo quando beijava o teu beijo.
Hoje, sou apenas uma sombra. Refaça-me, pois hoje sou apenas um, fantasma, que quer habitar suas memórias...