quinta-feira, junho 16, 2011

Bandeira a meio mastro


É sempre assim, às vezes eu busco botar um bocado de felicidade em mim. Escuto uma música, leio um livro, vejo um filme; mas sempre me parece que há algo aqui dentro que frustra esse meu plano e sempre me faz lembrar de que tristeza acaba sendo regra e é assim que as coisas que eu escrevo aqui acabam brotando, fruto de uma inspiração que eu não queria ter. E com ele vem mais um conjunto de sentimentos.

Muita coisa na minha vida já rareou, e eu escrevo, pois é alguma coisa me resta.

Os dias que vão passando não me deixam saudades, saudades eu tenho da época em que nem sabia o que significava a palavra saudade, e eu só tinha que seguir em frente, somente.

Sentimento de inadequação psico-social, sem explicação. Daí todos me dizem obras puras de eufenismos, para coisas que eu já sei sobre a realidade. Chegam de peitos estufados e cheios de si, nessas madrugadas que nos deixam em carne viva!

Daí em diante, recolhido, quieto e ensimesmado. Mas há de convir, nunca me expus tanto, você sequer para me impedir. Com esse alvoroço que andam as coisas, mal engoli no almoço e nem sinto o gosto algum.

Eu te aconselho: Nem queria saber, nem queira saber.

O que me mantém vivo, também me mata e me machuca. É a dor. Tem que doer na carne a ferida aberta e exposta. Depois, no final das contas, tudo vira carne de abutre.

2 comentários:

Um brasileiro disse...

ola. tudo blz? estive por aqui. apareça por la. abraços.

Eric Bustamante disse...

Abutres são legais, mas, será que a carne é boa? Acho que não...