Sou uma vítima de mim mesmo, como
tenho sido há anos. Sou um doce monstro, muito doce que nem mesmo se parece um
monstro. Mesmo sendo uma constante na minha vida, ainda não me acostumei a
perder. Perco tudo. Quando me abalo, perco o foco, o chão, o teto e tudo mais.
A coragem se esvai junto. Sigo em frente. Todas as vezes acho que não vou dar
conta, mas acabo sempre dando conta, a duras penas, mas consigo sair de dentro da
piscina, neste mergulho que parece não ter fim. Sobra, disto tudo, mais um
pedaço arrancado do meu peito. E posso lhes garantir, amigos, daqui algum tempo
não haverá mais nada há ser arrancado. E aí, como ficarão as coisas, eu não
sei. Por Deus, eu não sei. Sou ser humano, uma condição indissociável, acerto,
erro, negligencio, mas ainda não atingi a maldade necessária para seguir
bradando as vitórias da vida. Desta vez, resolvi não sangrar por fora (Como se
fosse uma escolha... Ah! Como me iludo). Que fique por dentro, que foi onde
tudo começou.
Essa é uma foto de uma gota de água do mar, ampliada 25x. Quanta variedade, quanta vida, quanto cor ainda guarda uma gota. Uma gota somente. O mar deve ser maior do que isso.
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