quinta-feira, junho 16, 2016

Sobre a lua, o sol, o tempo e eu mesmo

Extremamente massante ir vivendo dia a dia, noite a noite. A mudança acontece em tudo a sua volta, o próprio tempo muda – sim, aqui considero o tempo, independente do que será escrito, uma variante. Vem o sol e ilumina a todos que lá colocam suas caras feias ou bonitas para serem iluminadas. Daí, ele sai de cena e deixa todo o cenário que era todinho dele para sua fiel auxiliar, a lua. O interessante dela é que mesmo sem ter luz própria, realiza, de forma notadamente humilde e de acordo com suas possibilidades o árduo ofício de preencher um céu coberto de estrelas de latas, já mortas há milhares ou talvez bilhões de anos, que teimam em ferir nossas mãos, é tudo ilusão. O que foi aqui dito nada mais é do que um retrato de um dia comum. Se o próprio sistema consegue realizar essa permuta de guarda com maestria, nós, seres da Terra, temos mais dificuldades em lidar com todas essas mudanças. À exemplo, cito a maré, ela que atua nos conformes da lua e, dependendo da fase lunar, a maré também é afetada. Sobe ou desce. Sim! De fato estou afirmando que o mar é suscetível às mudanças da própria natureza. Toda a natureza, em sua grandiosidade e plenitude, ainda assim sente e externa as consequências destas mudanças. E sobre nós¿ Seres tão pequenos e covardes no âmbito natural e intergaláctico¿ Por óbvio, também somos afetados. A troca de guarda mexe demais na cabeça de algumas pessoas, em especial na minha. Até mesmo quando desperto do estado de torpor causado pelo sono, demoro a pisar no chão novamente. Vários pensamentos condensados pela noite de sono, confusos, e que mal se encaixam. Preciso de tempo. Algum tempo. Organizar os pensamentos, saí da letargia do sono para voltar ao mundo dos vivos/acordados. Sonhos confusos, que tentam nos pregar algumas peças, por outras vezes, se guardam somente ao direito de bagunçar sua cabeça sem qualquer sentido. Na verdade, nem sempre procurar sentido nas coisas é o que deve ser feito. Já disso isto aqui antes, e digo novamente. Eu sou desta forma, sinto em demasia as mudanças. Sejam elas climáticas, lunares, solares, da maré, do sono para o despertar, do tom de voz sereno e calmo até o mais agressivo e alto, que tenta lhe intimidar. Mas vou dizer uma verdade, tentem melhor das próximas vezes. Aqui não! Não haverá intimidação. Só peço que me respeitem, minha vida, meu tempo, minhas regras. Talvez agora eu faça as coisas certas, ô desta vez, neste tempo. Sou assim, sempre fui assim, e pra falar a verdade, acho que até gosto deste meu jeito...Complicado¿ Eu¿ Passa pro próximo. É que é superficial e simples demais ser simples de pensamento e redundar nas ideias, prefiro o caminho mais sinuoso. Me cansa, me dói, mas é mais a minha cara. Sempre tento fazer dos locais a minha casa, por vezes o meu templo. Minha casa ainda não encontrei, mas o meu templo é todo e qualquer lugar onde estou. Eu sou senhor de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca havia conhecido, nesta vida, um homem tão profundo, intenso e que luta, a cada dia, pela sobrevivência, apesar dos percalços e rasteiras do mundo. Pelo que acompanho aqui, você, homem guerreiro, está dando a volta por cima e criando forças para enfrentar tudo e todos que querem te atrapalhar, inclusive seus conflitos internos. Força, paciência, fé e coragem, para que você continue com toda sensibilidade, mas também garra para a luta. Parabéns, você já é um vencedor!