terça-feira, julho 03, 2007

Suja a roupa, mas lava a alma

Dedicado a um amigo...
Nesses dias mais vazios parece que você está ao meu lado, por óbvio que não deveria ser assim, mas é simples também, eu não consigo evitar. Pode até ser besteira se olharmos que eu nunca tive você de fato. Mas essa sensação de abandono me invade.

É tudo muito estranho, esse céu cinzento me lembra você, a chuva caindo me lembra você. Mas por aqui não há nada além de mim. Fico vagando por aí, sem rumo, sem vontade, me perguntando se há algo de novo por aí, e será que ainda há? As coisas perderam o sentido desde o dia em que você se foi, sem que eu pudesse sequer evitar. Não estava ao meu alcance.

Mas, agora, vivo com algumas pequenas perspectivas. E, te juro, que se você lesse isso me daria uma tapa no braço e me chamaria de bobo. Mas você não vai mais fazer isso, não é? Estranho, sinto falta até disso. E olha que você sempre achou que o mundo era pequeno demais para nós dois, curioso, o mundo foi pequeno demais para você, que me deixou e deixou essas incertezas que não se calam.

E, por seu egoísmo, você levou meu mundo. Agora convivo com essa sombra que me impede de seguir em frente, mesmo depois de tanto tempo. Eu sei que você pode até não ter imaginado que seria assim, se é que você se importava com isso... Se você visse como sigo agora, talvez, teria se arrependido de ter feito isso. Agora é tarde, tarde mesmo.

Enfim, eu costumava a não me importar com dias de chuva, mas hoje, mais do nunca, eu odeio você.

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